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Companhias de saneamento debatem eficiência energética em Foz do Iguaçu

Companhias de saneamento debatem eficiência energética em Foz do Iguaçu

A geração de energia a partir do esgoto e os novos modelos de eficiência energética serão os temas de um encontro das empresas estaduais de saneamento entre os dias 18 e 21 de maio, em Foz do Iguaçu. O encontro é promovido pela Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), Sanepar, Itaipu Binacional e outros parceiros. O Fórum Global de Energia Renovável integra o calendário de eventos deste Ano Internacional do Saneamento e é uma oportunidade para as empresas discutirem o tema e compartilharem experiências bem sucedidas.

Nas companhias estaduais, a energia elétrica representa 16% do custo total de exploração, o equivalente a R$ 2 bilhões anuais, segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento de 2006. Depois da folha de pagamento, a energia elétrica é a maior despesa das companhias. “A energia elétrica representa um dos principais custos do setor de saneamento e já existem experiências importantes que podem ser compartilhadas para reduzir os gastos”, explica o presidente da Aesbe e da Sanepar, Stênio Sales Jacob.

A Sanepar mantém parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu, que poderá ser estendida a todas as 24 companhias estaduais, para desenvolver pesquisas neste sentido. Um dos projetos da empresa, uma Unidade Piloto de Energia Renovável que funciona numa estação de tratamento de esgoto em Foz do Iguaçu, fará parte do programa de visitas técnicas do Fórum Global.

Segundo Jacob, processos de geração de energia como biomassa, eólica, foto-voltaica e microturbinas podem ser conjugados com sistemas de captação, tratamento e distribuição de água e tratamento e disposição final de esgoto ou mesmo a disposição final de resíduos sólidos. “Desta forma fica reduzido o impacto ambiental, geram-se fontes renováveis de energia e se reduz o custo dos insumos”, afirma.

No caso do projeto da Sanepar em Foz do Iguaçu, processos anaeróbios são usados no tratamento de esgoto doméstico, o que reduz a carga de poluição lançada nos rios e produz biogás, cujo principal componente é o gás metano. O metano é dos gases causadores do efeito estufa, mas também gera energia térmica e elétrica por ter um excelente poder calorífico. Assim, o esgoto doméstico de 17.550 pessoas é convertido em energia elétrica utilizada no próprio sistema de tratamento.

“A conservação ambiental é uma das prioridades das companhias estaduais de saneamento e deve fazer parte da política permanente das empresas, daí também a importância de investir em energia renovável”, diz o presidente da Aesbe.