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ATO EM SOLIDARIEDADE ÀS MULHERES E MENINAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA

ATO EM SOLIDARIEDADE ÀS MULHERES E MENINAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA

MANIFESTO DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA COMETIDA CONTRA AS  MULHERES E MENINAS

Pelo repúdio à violência contra a mulher!

As Entidades do movimento social, movimento feminista e de mulheres abaixo enumeradas vem à público convocar toda população curitibana para um ATO DE REPÚDIO CONTRA A VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA no dia 25 de novembro às 18 horas na Praça Tiradentes. Nesta data, mulheres do mundo inteiro realizam atos e manifestações contra a violência doméstica, familiar e sexual.

E é quase sem palavras para dizer o quanto estamos horrorizadas e indignadas com a constatação, mais uma vez passando como um filme diante de nossos olhos, nos lembrando o quanto os grilhões do machismo nos aprisionam em uma sociedade patriarcal e de classe que intenta a todo o momento fazer da mulher objeto do homem.

Milhares de mulheres e meninas são vítimas de violência a cada 15 segundos em nosso país! E, Curitiba não é diferente! As Marias,  Márcias… e a agora a Raquel uma menina de apenas 9 anos é vítima de uma crueldade, de uma covardia sem limites!

A banalização da violência de todos os dias analisa os fatos como dados estatísticos e cujas mudanças são sempre um resultado a longo prazo, pois cultural, etc.

Esta violência contra a s mulheres e meninas, denominada violência de gênero (violência contra a mulher na vida social privada e pública), ocorre tanto no espaço privado quanto no espaço público e pode ser cometida por familiares ou outras pessoas que vivem no mesmo domicílio (violência doméstica); ou por pessoas sem relação de parentesco e que não convivem sob o mesmo teto.

Acobertada pela cumplicidade da sociedade e pela impunidade, a violência contra as mulheres ainda é um fenômeno pouco visível. Os casos que chegam às delegacias são apenas a ponta do iceberg. Pesquisa nacional da Fundação Perseu Abramo com 2.502 mulheres em 2004 detectou que uma mulher é espancada a cada 15 segundos no país e ao menos 33% já sofreram algum tipo de violência física.

Mas nós não agüentamos mais. Não agüentamos o fato de, no Brasil, e em Curitiba uma em cada 3 mulheres já terem sofrido alguma espécie de violência tendo como base a questão de gênero.

Não agüentamos mais saber que, de acordo com as pesquisas da Organização Mundial de Saúde, 70% das mulheres que morrem vítimas de assassinato são vítimas de homens com os quais mantiveram relações “amorosas”.

Não isentaremos mais o Estado de responsabilidade pelos “crimes passionais” e muito menos aceitaremos a desculpa vaga do aspecto “cultural”, pois sabemos que a cultura é moldada de acordo com os valores sociais aceitos e legitimada, sobretudo um “machismo cultural”.

O silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade. Por isso mesmo, é fundamental que nós, mulheres, levantemos nossa voz para denunciar a violência contra a mulher que ainda ocorre em silêncio em tantos lares e no conjunto da sociedade.

Por Raquel, por ….. por …. por nós, por todas que se foram e pelas que virão manifestamos nosso máximo repúdio a toda forma de violência contra a mulher e contra a criança!

Pelo fim da violência contra as mulheres e meninas!
Pelo direito a uma vida sem violência!   

Dia 25 de Novembro – Praça Tiradentes – Curitiba
– 18:00 horas –

– pela lembrança da Raquel assassinada em novembro de 2008;

– pela lembrança da  xxx assassinada na Praça Tiradentes, em 2007;

– pela lembrança da  xxx e tantas outras.

Nenhuma mulher deve ser assassinada

Junte-se a nós! Vamos dar um basta à violência contra a mulher

Articulação de Mulheres Brasileiras
Associação Brasileira de Enfermagem – Seção Paraná
Associação Brasileira de Enfermeiros Obstetras e Obstetrizes – ABENFO Paraná
Espaço Mulher
Fórum Popular de Mulheres
Marcha Mundial de Mulheres
Rede Feminista de Saúde – Regional Paraná
Rede Mulheres Negras – PR
União Brasileira de Mulheres – UBM – Paraná