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Flexibilidade no isolamento e frio podem aumentar casos da Covid-19

Beto Preto, cotado para o Ministério da Saúde prefere ficar no Paraná. Não recomenda cloroquina e é favorável ao isolamento familiar.

O frio de 9 graus que gelou Curitiba e grande parte do Estado do Paraná na madrugada desta segunda-feira (18), com previsão de manter a mesma temperatura nesta terça-feira (19), acendeu luz amarela no gabinete do secretário da Saúde do Governo do Estado, médico Carlos Alberto Gebrim Preto (Beto Preto).

“Com a chegada do inverno poderá haver um aumento sensível de casos da Covid-19”, alerta o médico formado na Universidade Estadual de Londrina e especialista em Medicina Nuclear. Sua preocupação é ainda maior quando observa-se no Paraná flexibilidade em relação ao convívio domiciliar e na sociedade como um todo.

Beto Preto, que já foi vice-presidente para a Saúde Pública na Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), revela que embora estejamos em um momento de equilíbrio, o aumento da circulação de pessoas pode acelerar o contágio. “Precisamos manter o distanciamento social”,defende o médico.

Cotado para o Ministério da Saúde, com a saída de Nelson Teich, Beto Preto evita falar no assunto e tão pouco pediu apoio da bancada paranaense no Congresso Nacional para levantar a bandeira. Como todos sabem, o secretário da Saúde do governo paranaense não recomenda o uso da cloroquina e também é contra o aumento da circulação de pessoas a não ser em casos específicos.

O secretário prefere manter a estratégia do governo paranaense, baseada em estudos científicos, para trabalhar a recuperação de pessoas infectadas e evitar que se aumento o número de casos da Covid-19. Ele já foi elogiado em nível nacional pelo seu posicionamento e tem total apoio do governador do Estado, Ratinho Junior.

Impotência

Desabafo. País do futebol, sem futebol. País do samba, sem samba. Pessoas enjauladas como bichos em suas próprias casas sem uma perspectiva do que poderá acontecer no dia de amanhã. A não ser o medo, o pânico, as perguntas que não conseguimos responder aos nossos filhos e netos. O desespero bate à porta, a solidão, a depressão.

Como birutas, estamos sem saber para onde ir. Dois ex-ministros, médicos respeitáveis não recomendam o uso do medicamento que o presidente Jair Bolsonaro prescreve e quer enfiar goela abaixo de todas as pessoas vitimadas pela doença que sufoca e mata. Cientistas e todo o mundo também têm dúvidas sobre o efetivo efeito curativo da cloroquina.

Governadores, prefeitos, enfim, representantes do povo no Congresso Nacional tentam, de todas as formas, amenizar o impacto da pandemia, tentando injetar dinheiro na economia, na tentativa de fazer o país respirar.

Nem mesmo os países mais poderosos do planeta souberam administrar a pandemia. Todos pecaram, sem saber o que fazer, o que levou milhares de pessoas a óbito. Estados Unidos, China, Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Espanha e outros sucumbiram diante do vírus mortal.

Mesmo com a tragédia anunciada, o Brasil não soube e não está sabendo conduzir a letalidade do vírus que se espalha como rastilho de pólvora pelas periferias das cidades atingindo, agora, as pessoas mais vulneráveis. Segundo estudos a previsão é de que 90 mil brasileiros vão a óbito até o início de agosto.

Tragédia. O que fazer? Infelizmente não temos a resposta. Nem na Bíblia.

Vamos continuar isolados, ou não, com máscaras, ou não, assistindo políticos tomarem mais uma vez de assalto o país, rezando ou orando, e com um agradecimento especial às pessoas que estão na linha de frente, expostos à morte, salvando vidas em todo o país.

Que os cientistas sem bandeiras ou ideologias avancem nas pesquisas para que tenhamos uma noite de sono e esperança no amanhã. (PR).