Quem assistiu ao programa do DEMO na televisão na noite desta quinta-feira (27) não teve a menor dúvida, o DEMO mostrou sua cara, ou seja, o velho jeito de ser e de agir do DEMO-PFL-PDS-Arena e por aí vai. Primeiro disseram que iriam mostrar imagens de um recente encontro partidos políticos ao longo dos 10 minutos do seu programa semestral de propaganda partidária.
Que nada, mostraram que são aquilo que todos estão cansados de saber. É o velho jeito DEMO de agir. Aquele DEMO, do mensalão do Distrito Federal, foi fichinha perto do programa do DEMO de hoje. Apologia explicita do tucano José Serra, âncora do programa. "O que se viu foi um compacto da solenidade de lançamento da pré-candidatura à presidência da República de José Serra, do PSDB. A solenidade aconteceu em Brasília, lá se vai mais de um mês", registrou o articulista Ricardo Noblat, logo ele, considerado o porta-voz da direita.
"A lei dos partidos, de número 9096 de 1995, é clara. Está dito no seu artigo 45, parágrafo 1, que fica "vedada a participação [no programa] de pessoas filiadas a partidos que não são responsáveis pelo programa". Serra não poderia ter aparecido no programa. Muito menos estrelado o programa como o fez", continuou Noblat.
"Não foi um programa de partido. Foi um programa de aspirante a candidato a presidente da República – o que caracteriza propaganda eleitoral antecipada. O mais irônico foi ouvir Serra fazer uma apologia do Estado de Direito e dizer, no final do programa, que nenhum brasileiro está acima da lei"
"Ele e os responsáveis pelo programa do DEM se puseram descaradamente acima da lei. A Justiça Eleitoral será provocada a examinar a ilegalidade do que foi ao ar. Caso proceda como procedeu no caso de recente programa do PT, se limitará a cassar o próximo programa partidário do DEM, previsto para o primero semestre de 2011".
"É pouco. É uma forma de premiar o desrespeito à lei", concluiu Noblat. Realmente, lamentável. Exemplo típico da política rasteira que quer voltar a todo custo ao poder.