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Só Osmar empacou

De Fábio Campana, do Estadinho

O Datafolha de ontem desmontou esperanças nos arraiais de Osmar Dias (PDT). Ele foi o único candidato a governador que não subiu. Empacou. Osmar continua com os mesmos 26% da pesquisa anterior.

Roberto Requião (PMDB) cresceu um ponto percentual. Foi de 47% para 48%. O mesmo aconteceu com Rubens Bueno (PPS), que foi de 8% para 9%, e com Flávio Arns (PT), que passou de 3% para 4%.

Resumo da ópera: Requião continua vencendo no primeiro turno. Com larga margem. Tem 22 pontos percentuais a mais que Osmar, o segundo colocado. Tem nove pontos a mais que a soma de todos os demais candidatos juntos.

Esse resultado dá a Requião um índice inédito em disputa de primeiro turno no Paraná. O máximo que Jaime Lerner conseguiu alcançar foi 47%.

Outra marca. Requião é o único candidato que não deixou de crescer em nenhuma das pesquisas. Se tomarmos o primeiro Ibope como referência, cresceu nove pontos em dois meses. São mais de 600 mil votos acumulados no período.

Outro dado importante. Requião faz mais votos que Lula no Paraná. E Lula não transfere votos para o candidato nativo do PT, Flávio Arns. Mas transfere para Gleisi Hoffmann, a candidata do PT ao Senado, que agora tem 22% contra 50% do tucano Alvaro Dias. Gleisi começou com apenas 2%, cresceu vinte pontos percentuais, o maior índice de crescimento nesta campanha.

Bem, agora Requião tem um milhão e setecentos mil votos na frente de Osmar, que teria de conquistar 170 mil votos por dia para empatar com o governador.

Os marquetólogos da praça acreditam que este quadro dificilmente será modificado, pois as oposições já fizeram uso de todo o tipo de munição para tentar derrubar Requião das alturas. Não tiveram sucesso. Agora, na reta final, faltando apenas uma semana de campanha eleitoral, será difícil reverter as tendências estabelecidas. “Ninguém cresce falando mal dos outros”, diz Lu Alckmin, esposa do tucano Geraldo Alckmin. As pesquisas parecem lhe dar razão.

Ontem, o Datafolha derrubou de vez a concepção dos marqueteiros que adotam a borduna como instrumento de trabalho. Candidato que bateu, não se mexeu.