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Polícia fará reconstituição do assassinato do prefeito

Itaipulândia
Polícia fará reconstituição do assassinato do prefeito

Fabiula Wurmeister, da sucursal de Foz

A Polícia Civil de Foz do Iguaçu pretende fazer a reconstituição do assassinato do prefeito de Itaipulândia, Vendelino Royer (PMDB), executado por pistoleiros na noite de terça-feira. De acordo com os investigadores, a estratégia pode auxiliar na identificação dos assassinos. Em dois dias, foram ouvidas cerca de 20 testemunhas do crime.

Os depoimentos indicam que os pistoleiros, provavelmente profissionais contratados, abordaram o prefeito em uma moto vermelha com placas do Paraguai por volta das 20h30, quando Royer deixava uma reunião com moradores e líderes comunitários da Linha Caramuru, na área rural do município localizado às margens do Lago de Itaipu.

Ontem a polícia ouviu o secretário municipal de Administração, Marcelo Tessaro. O homem de confiança do prefeito compareceu à delegacia acompanhado do irmão e do assessor jurídico do município. O depoimento durou mais de meia hora. Na saída, o secretário evitou falar com a imprensa. Em imagens mostradas pelo vereador Aliomar Marcelo Prates (PMDB), na Câmara Municipal esta semana, Tessaro aparece contanto dinheiro supostamente recebido de um empresário que presta serviços de publicidade à prefeitura. De acordo com as denúncias de superfaturamento protocoladas no Ministério Público, o esquema de corrupção envolve outros suspeitos.

Como os assassinos rondaram o local do crime por cerca de uma hora, antes de praticarem o crime, o delegado que conduziu as primeiras investigações acredita que possam ser reconhecidos por alguma testemunha.

Por enquanto, a polícia diz não ter pistas dos criminosos e dos motivos que levaram à execução de Royer com quatro tiros de pistola 9 mm à queima-roupa. Sem descartar qualquer hipótese, três linhas de investigação conduzem o caso: crime político – por se tratar de uma pessoa que ocupava um cargo político e devido à proximidade das eleições, além do escândalo do envolvendo o desvio de dinheiro público –, vingança pessoal ou de autoria de quadrilhas de traficantes e contrabandistas que agem na região.

Em nota, o secretário do Estado de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, informou que determinou que a polícia se empenhe na conclusão do caso.