Arquivos

Categorias

PARANAENSES (5) Gilmar Piolla, uma central de ideias

Da coluna de Aroldo Murá, no jornal Indústria&Comércio:

Quando o conheci, no 1990, em Curitiba, ele finalizando Jornalismo na PUC-PR, era um misto de universitário e já profissional da Comunicação Social.

O olhar atento ao derredor não disfarçava curiosidades; inquieto, aprisionava cada detalhe da pauta que lhe era passada, trabalhando-a sob ângulos que, muitas vezes, eu e a equipe apenas víamos com certa pressa e, algumas vezes, até com certa surperficialidade. Assim levava uma vantagem sobre nós, o chefe de redação e o pauteiro: enxergava muito mais do que as propostas iniciais de reportagem sugeriam, especialmente quando se tratava de matéria econômico-financeira. E, nesse caso, com concentração em agrobusiness. Mas já tinha um olho grudado na indústria turística, posso garantir.

No campo da economia agrícola, estava no seu chão, podendo avaliar, com conhecimento de causa – num aprendizado montado a partir da meninice – o peso e a importância de commodities agrícolas, por exemplo. Para surpresa minha, só ele e Odailson Spada, outro jornalista, é que sabiam distinguir algumas sutilezas da produção do campo, traduzir o significado de “bushel” e discorrer – na nossa redação, em anos diferentes -, sobre as safras de verão, os rendimentos de hectare por cultura, etc, etc. Enfim, mostrava-se íntimo de realidades de um mundo essencial no país dependente do campo.

SAMEK, A ESCOLA

Durante a cerimônia de recebimento do Título de Cidadão Honorário de Foz do Iguaçu.

Tanto quanto esse olhar, educado a partir da infância, para as riquezas geradas pelo campo, havia em Gilmar Piolla, o jovem de Dois Vizinhos, pequena cidade do Oeste paranaense, também uma visível preocupação com o mundo da política ampla. Aquela política que aprendera a enxergar, fui deduzindo, na época, de sua proximidade com Jorge Samek, então vereador à Câmara de Curitiba e a quem, como amigo, prestava assessoramento e apoio extra-jornal.

Depois de um febricitante trabalhar em Curitiba, misto de tempo de aprendiz e antecâmera do profissionalismo, deslocou-se para o polo da política nacional, Brasilia.

Do amplo observatório privilegiado a partir do qual eu o observei, vejo hoje Gilmar Piolla como boa síntese de homem público formado a partir do jornalismo.

Poucas janelas, como o bom jornalismo, propiciam tanta visibilidade do mundo imediato e mediato, acredito.

Dominando parte do universo das commodities, de início, hoje ele é um ‘centro distribuidor’ de idéias que ajuda Foz do Iguaçu, a cidade que o adotou, a explorar todas as suas possibilidades na chamada indústria sem chaminés, o turismo. “Não havia como não colocar mãos a obra, como fizemos eu e outros, depois de um decênio de estagnação econômica da cidade”, sentencia Piolla.

No Fundo Iguaçu de Turismo, que ele preside, e na Superintendência de Comunicação de Itaipu, tem instrumental para alterar realidades dessa “década perdida”. E, como diz um amigo comum, meu e de Piolla, “ele vai mostrando, em certos momentos, que há pouca distância entre o possível e o impossível”.

Exemplo? A persistência com que vem liderando as amplas e duras negociações com os Governos Federal, Estadual e Municipal, e iniciativa particular para a remodelagem (e ampliação) do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Com ótimos resultados, até agora.

Resultados que começaram a se materializar mais concretamente a partir da caravana que o Fundo Iguaçu liderou, meses atrás, levando as chamadas “forças vivas de Foz”, ao encontro, em Brasília, dos dirigentes das Infraero e Ministério do Planejamento. No fundo, reconhece Piolla, houve o apoio decisivo da hoje ministra (então no Senado) Gleisi Hoffmann. Dali sairam os desenhos essenciais da remodelagem do aeroporto internacional, uma obra gigantesca, mas à altura do grande polo turístico do Brasil. Os primeiros resultados Piolla conseguiu com Itaipu, através de Samek, para o empreendimento inadiável: os projetos e estudos de viabilidade da obra. E com o governo estadual (fez reuniões com Pepe, Cássio Taniguchi e Faisal Saleh), articula a desapropriação da área.

NA CAMPANHA DE LULA 2002

Voltando no tempo:

No começo de 2000, perdi de vista, por um pouco, o Piolla, que acabaria se fixando por uns tempos em Brasília. Lá mergulhou no outro universo sobre o qual jamais escondeu interesse, fascínio, diria mesmo: a política .

No Planalto acabou coordenando o setor de comunicação da bancada do PT na Câmara dos Deputados, estabelecendo e fortalecendo laços com jornalistas do país todo.

O PT , então, começava a pesar como sigla que, despindo-se das “maldições de radicalismo” com que fora vista por muito tempo, se aprontava para levar Lula à Presidência.

O que se vê, então, são duas frentes de trabalho, no período de Piolla no Planalto Central: a ação na Câmara dos Deputados e, depois, o mais importante, sua proximidade de Ricardo Kotscho e André Singer. Esses se afirmariam como peças inquebrantáveis e timoneiros da campanha de Lula, em 2002, na área de comunicação social. Trabalhou ao lado deles, fazendo a ponte com jornalistas de política do Brasil todo. Estava, dessa forma, no seu universo mais prazeroso, com possibilidade de exercitar o que sabe fazer muito bem – criar laços de entendimento.

VISÃO NACIONAL E AS MÍDIAS ESPONTÂNEAS

Não se procure muita ordenação cronológica quando se tenta acompanhar a trajetória de gente como Gilmar Piolla. Às vezes ele poderá parecer dono do “dom da ubiquidade”, aquele de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Tal como acontecia, dizem, com Santo Antônio de Pádua…

O que sei é que entre experiências em Brasília e Rio, foi fazendo uma espécie de pós-graduação em Jornalismo, Stricto sensu.

Os ‘orientadores’ dessa ‘titulação’ foram alguns grandes nomes do jornalismo brasileiros ( tão importantes são que não há porque apresentá-los, pois), como Gilberto Dimenstein, Ancelmo Góis e Marcos Sá Correa, entre outros. Com eles trabalhou e deles se fez amigo. Houve uma grande entreajuda entre os notáveis e o moço que despontava na atividade de informar e opinar. Ficaram muito amigos, a entreajuda prossegue.

‘Dos amigos não se diga senão o melhor’, é o adágio que me ocorre enquanto vou espiando o currículo de Gilmar Piolla. Desprezo os detalhes. Prefiro enxergar o jornalista, hoje também gestor público, como alguém que tem bem muito mais que currículo. “Ele tem história”, assinala, com um certo orgulho, Heros Mussi Schwinden, colega de Piolla no Jornalismo da PUCPR.

Para Heros ainda, é impressionante a maneira como Piolla desenvolve seu trabalho, que “agora assume diversas dimensões, revelando um profissional todo voltado à sociedade abrangente”.

E essa história ele a construiu meio como formiguinha, ora trabalhando em revistas eletrônicas (como ‘No Ponto’ www.no.com.br) ou em sites como ‘Aprendiz’ (www.aprendiz.com.br).

Gilmar Piolla escolarizou-se sob o império da mídia impressa, do jornal, revista, o livro. Mas não teve nenhum dificuldade em embrenhar-se no mundo cibernético – “sou vidrado na web”, repete sempre -, o que deve ter facilitado um dos traços de seu profissionalismo, essencial na sociedade do conhecimento e do mundo midiático: a exploração das chamadas mídias espontâneas e as novas mídias.

É especialista em mídia espontânea, área que mira no sondar e depois capturar situações, muitas vezes consideradas até absurdas, como oportunidade de fazer mídia.

Ah, não posso esquecer ainda : foi assessor do INEP, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, em Brasília. Lá conheceu de perto o tucano Paulo Renato de Souza que, por considerar-se um equilibrado analista, Piolla aponta como alguém que “foi um ministro de Educação que fez História”. Tem o distanciamento crítico suficiente para a análise desse tipo. Trabalha com muito interesse a questão da Educação, até como consequência da experiência no INEP.

“BUSQUE A CRIANÇA…”, ENCONTRARÁ O HOMEM

Não sei nem onde nem quando ouvi a frase, apropriadíssima ao caso: “Busque a criança e encontrará o homem”. Muitas vezes, concluo que eu mesmo a concebi. Pode ser. E a uso agora para entender o menino Gilmar que, com o irmão, Josmar, um ano mais moço, é a definitiva prova de que “madrugar” no mundo do trabalho é a melhor forma de chegar-se ao mundo real.

Pois assim foi com ele, conta o pai de Piolla, Sr. Adolfo, 63 anos, a grande testemunha de como o menino de Dois Vizinhos foi apresentado às batalhas do dia a dia, “que não fazem mal a ninguém”, como me lembra um agricultor, outrora vizinho dos Piolla, que conheceu o menino ordenhando as vacas, cuidando do galinheiro, separando a ração dos animais, antes de partir para a escola:

– E olha que a distância de nosso sítio à pequena escola rural era de 7 quilômetros. Havia que atravessar riachos, enfrentar lamaçal em tempo de chuva, e não chegar atrasado. Distância, ida e volta, feita a pé – conta o pai, expondo, com orgulho, a capacidade de trabalho do filho que ele e dona Eva criaram. E no período da tarde, o menino continuaria, então se revezando entre atividades no páteo e os deveres escolares.

Num tempo, lá pelos 12 anos, Piolla chegou a imaginar-se vocacionado para algum tipo de vida religiosa consagrada na Igreja Católica. Os pais, já então ministros extraordinários da Eucaristia, incentivaram a intenção/vocação. Para dimensionar o “chamado”, Piolla acabou indo morar na casa paroquial de Dois Vizinhos, por alguns meses. Alí foi ajudando em tarefas da paróquia, enquanto cursava o fundamental e aprofundava as indagações sobre a fé.

As respostas eram dadas pelo velho frade capuchinho, amigo da família, e que se tornaria uma espécie de preceptor espiritual de Gilmar.

A vocação religiosa consagrada foi uma espécie de ‘alarme falsa’, mas os valores espirituais e culturais transmitidos pela família e solidificados pelo frade permaneceram.

Hoje, por exemplo, embora sabendo que o mundo de seus filhos Enzo Enrico (12 anos) Lara Martina (4) e Matteo Elia (1,5) é bem diverso do de sua infância, preocupa-se em transmitir-lhes as raízes espirituais de sempre, imutáveis, que o marcaram.

Opinião de que partilha a esposa, Renata, mãe de Matteo.

AFETIVIDADE LATINA, PRATICIDADE DE HOJE

As muitas andanças de Gilmar Piolla não lhe afetaram seu DNA afetivo, suas marcas latinas e paranaenses. Continua capaz de sonhar.

Mas poucos manejam com tanta facilidade, quanto ele, números dimensionadores de realidades econômico-sociais. Particularmente aqueles que dizem respeito a Foz do Iguaçu, a cidade a qual adotou e por ela foi adotado.

Muitas vezes a fala de Gilmar Piolla dá impressão de vir de alguém com amplo treinamento no planejamento público. Pois não tem dificuldades de trabalhar a sintaxe do economês, que vai traduzindo, sempre que observa que boa parte dos que o acompanham não têm a mesma habilidade em decodificar a linguagem do planejamento e administração públicos.

– Essa é uma característica do jornalista, explica, a de passar para a compreensão geral vocabulários comuns ao dia-a-dia de grupos profissionais.

Para os filhos, tem finais de semana alternados: com Enzo e Lara, em Curitiba; e com Matteo e a mulher, Renata, em Foz do Iguaçu. Com Matteo, vai introduzindo a cidade, as Cataratas, a fronteira, Itaipu, o Parque Nacional. Acha que a pedagogia de impregnar a criança, desde bebê, com essa paisagem única, em que reina, imponente, o espetáculo das águas, “é obrigação minha”, diz.

E parece criança quando se põe a contemplar o resultado de um de seus melhores legados para Foz, o Natal nas Cataratas.

Matteo, animadíssimo, parece absorver o espetáculo de música, luz e de Paz e Bem que o festejo vai deixando no período natalino. Um sentimento que é da família toda, e que se amplia na região da Três Fronteiras, envolvendo homens e mulheres de boa vontade, cristãos ou não, turistas ou povo da região. “Esse é mesmo o objetivo das festa”, diz Piolla.

MUITO ALÉM DE RELATÓRIOS, AS OBRAS QUE FALAM

Gilmar Piolla ao lado do diretor-geral da Itaipu, Jorge Samek e Maria Olívia Samek durante a premiação da ADVB-PR, quando recebeu em 2010, o Prêmio Top de Marketing e o Grand Prix do Top de Marketing da ADVB-PR

Dizer que Piolla é essencial, hoje, à indústria turística de Foz é absolutamente verdade. Querem um exemplo: foi ele quem capitaneou a criação do Fundo Iguaçu de Desenvolvimento Turístico, reunindo todas as forças da comunidade diretamente envolvidas com o Destino Foz. E, por isso, foi eleito presidente do Conselho Gestor do Fundo. E o Fundo se mexe e amplia tentáculos porque Piolla é acatado como o grande elo, capaz de transitar nas mais diferentes fontes de decisões públicas e iniciativa privada da cidade.

Mas é certo também que ele não avoca a si essa essencialidade. Na verdade, bom político que é, divide louros com “uma multidão de homens, mulheres, empresas e instituições que têm as mesmas preocupações que eu tenho”, diz. O tom soa absoluta sinceridade. É sabido que não costuma ufanar-se do que faz.

Para um amigo muito próximo, gestor da UNILA, a Universidade Federal de Integração Latino-Americana, “o Piolla é assim mesmo. É uma espécie de pregador. Ou catequista. Prega em todos os terrenos, busca resultados, arrebanha, com facilidade, parceiros para projetos comunitários”.

Para bem entender o superintendente de Comunicação Social da Binacional de Itaipu é preciso olhá-lo como alguém que “tem ido além do dever”. Poderia ter-se limitado a atuar em Itaipu. Preferiu ir além, enquanto revolucionava sua Superintendência na Binacional, com inovações. Fez de Samek e Itaipu partes essenciais nas ações comunitárias que vai liderando.

Prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald, Gilmar Piolla e o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek

Piolla não é o homem de relatórios, embora os utilize e os valorize, quando necessários.

Nem eu me interesso em detalhar número, cifras e comparações, neste perfil. Procuro refletir sobre momentos como o em que recebeu o diploma de “Cidadão Honorário de Foz do Iguaçu”, ano passado, na Câmara Municipal. Testemunhas garantem que nunca a casa esteve tão cheia quanto naquela noite.

Não é preciso esticar o encontro, nem entrar em minúcias para retratar esse paranaense entusiasmado, um fazedor. Basta que se identifique, como o pessoal de Foz já faz, as digitais do jornalista que proclama, em artigo assinado, a convocação:”É Hora de Investir em Foz do Iguaçu”.

E sublinha essa sugestão lembrando, entre outras verdades, que hoje está injetado cerca de R$ 1,5 bilhão na economia local. Independente de partidarismo, ele acredita que Foz virou um grande canteiro de obras, em grande parte, como resultado de investimentos federais na área. Boa parte deles puxados por Itaipu. Outros, decorrência natural de política econômica que vai ajudando os empreendedores aglutinados pelo Fundo Iguaçu de Turismo.

Piolla costuma dizer que está trabalhando especialmente “para aqueles que herdarão esta cidade”, as novas gerações. O que, então, incluí seus filhos. “Os herdeiros desta terra”, sublinha.

E dessa herança ele, que se entende “contemporâneo do futuro”, vê como dado importantíssimo a montagem do grande centro de conhecimento em Foz: lá estão a UNILA, faculdades particulares, o Tecnoparque de Itaipu, o Instituto Federal do Paraná (IFPR), a Universidade Estadual do Oeste do Paraná…

O menino de Dois Vizinhos é assim mesmo: nele vive um saudável visionário, ao lado de alguém absolutamente prático. Com a vantagem de conhecer os caminhos do poder decisório e saber pular armadilhas e obstáculos.

ENGRAXATE, PICOLEZEIRO E FAZ TUDO DE JORNAL

Quando seu Adolfo, o pai, decidiu mudar-se, com a família, da roça para a cidade, em Dois Vizinhos, Gilmar Piolla foi engraxate e picolezeiro (no verão, empurrava carrinhos de picolé morro acima e morro abaixo). Eram trabalhos vitais para a composição da renda familiar.

E lá mesmo, um pouco depois, antes de morar em Curitiba, era o “publisher” de um jornalzinho da pequena cidade. Escrevia, editava, montava-o no pastape, entregava os jornais, cobrava etc. Era o”faz tudo”. Foi seu primeiro e duro mergulho no mundo da mídia impressa.

Esse “faz tudo” era apenas um inquieto mocinho, então recém saído, literalmente, das pesadas lides da roça.

Quando entrou no Jornalismo da PUCPR, debutou na imprensa sindical, para ganhar a vida. Escrevia o jornal O Breque, dos motoristas e cobradores de ônibus; o jornal O Vigilante, dos vigilantes; e o jornal O Bancário, dos bancários. Com o Samek, na Câmara Municipal de Curitiba, mergulhou nos temas urbanos da cidade.

“Foi quando tivemos a ousadia de propor a revisão do Plano Diretor de Curitiba e travamos inúmeras discussões sobre o urbanismo da cidade”. Foi um desafio, a nova empreitada: fez estudos sistemáticos para entender aquelas realidades de um mundo habitado por ícones como Jaime Lerner.

Nessa “aventura”, foi obrigado a aprender e a entender também orçamento público. Matérias que, agora, trabalha com facilidade.

Nos tempos de Brasília, de 1998 a 2000, teve uma riquíssima experiência como coordenador de imprensa do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), assessorando a educadora Maria Helena Guimarães Castro (depois, secretária de Educação de São Paulo) e o então ministro Paulo Renato Souza,” um dos melhores ministros da Educação que o Brasil teve”, opina.

“Transformamos o Inep numa máquina de produzir notícia, com a divulgação das avaliações (Enem, Provão, Saeb) e estatísticas educacionais (Censo Escolar, Censo do Professor e Censo da Educação Superior). Foram tempos históricos, de implantação do Fundef e muitas outras políticas na área educacional”, recorda Piolla.

No Inep, fez amizades com grandes nomes do jornalismo brasileiro (um deles, por exemplo, Elio Gaspari), para muitos dos quais passou a ser referência, quando se tratava de explicar a grande revolução educacional em andamento.

O resultado da experiência no Planalto não demorou: quando deixou o Inep para assessorar a bancada do PT na Câmara, Piolla compunha a muito restrita relação dos marcantes assessores de comunicação social de Brasília. Uma das provas, enfim, que o duro aprendizado do projeto de jornalista e “faz tudo” de Dois Vizinhos alçaria outros e importantes vôos. Alguns dos quais, arrisco prenunciar, estão em fase de decolagem vital para toda uma região (e para o país), como a remodelagem e ampliação do aeroporto internacional de Foz.