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Entre os cérebros da internet: 5 Brasileiros, 2 curitibanos

Via blog da Margarita Sem Censura

Quem disse que a internet é uma invenção de orientais e americanos do Vale do Silício? Mais criativos, cinco jovens brasileiros de mente livre, despontam entre inventores dos principais produtos do novo mercado. Entre os novos gênios, dois curitibanos.

Falou Kinect, disse Alex Kipman (33), seu inventor. Fã de vídeo games desde piá, nascido em Curitiba em 1979, Kipman conta que a idéia do Kinect foi totalmente ao acaso: estava de férias, hospedado na chácara de uma tia, perto de Curitiba, acordei com a sensação de como a tecnologia escraviza as pessoas com botões, telas e comandos, aos quais os humanos têm que se adaptar e não ao contrário. Quis livrá-las disso. De trabalhar apertando botões. Foi o bastante para que passasse a trabalhar num controle de computação gestual. Nasceu o Kinect.Filho do atual embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman e da professora de biologia Roseana Aben-Athar Kipman, o genial Alex já morou em Roma e Miami, antes de se mudar para Nova York em 1996, onde se formou em engenharia de softwares pelo Rochester Institute of Technology. Desde 2002 na Microsoft, atualmente é o diretor geral de incubação do Xbox.

Outro brasileiro inovador é o paulista Paulo da Silva. Seus 24 anos não o impedem de ser engenheiro sênior de software no Grooveshark.

Em 2006, fui trabalhar numa empresa de 3 estudantes da Universidade da Flórida – onde os computadores eram apoiados em caixotes, nem mesa tinha. Os rapazes deram-se bem … Agora o futuro da música já não pertence ao iPod. Nos próximos anos, ela viverá na nuvem. Apple, Google e Amazon já anunciaram serviços de armazenamento e consumo de músicas via streaming, conta Paulo.

Grooveshark já acumula mais de 10 milhões de usuários cadastrados num aplicativo na web capaz de tocar qualquer uma dos milhões de músicas disponíveis.

Bom também saber que um dos criadores do Instagram é o brasileiro Michel Krieger, 26 anos, mineiro de Araxá. Ao lado de seu sócio Kevin Systrom apostou numa ideia que hoje vale 1 bilhão de dólares.

O aplicativo Instagram permite a qualquer usuário de iPhone inserir efeitos visuais em fotos digitais e compartilhá-las na internet. Lançado em outubro de 2010, nos EUA, teve sucesso instantâneo.

Em uma semana, ele já contava com 100 mil usuários, marca que o microblog Twitter levou dois anos para alcançar. Atualmente, mais de três milhões de pessoas em todo o mundo utilizam o programa. O poderoso Facebook, a maior rede social do mundo, demorou um ano para chegar a essa marca.

Depois de virar febre na internet, o Instagram foi tema de reportagens da badalada revista de tecnologia Wired e de grandes jornais: The Guardian de Londres e The New York Times, entre eles.

Hugo Barra, mineiro de BH, 35 anos, hoje um dos principais homens do Google, gerente mundial do Android, já no ano 2000 ajudou a criar empresa para fazer programas de reconhecimento de fala.

Em 2008, liderou a criação do primeiro smartphone Android com reconhecimento de voz, um dos recursos mais importantes dos aparelhos atualmente.

A operação despertou o interesse do Google naquele ano. Quem o convidou foi outro brasileiro, Mário Queiroz, diretor de produtos de mobilidade do Google. Quando o Mario saiu para assumir a Google TV e eu assumi o lugar dele, diz Barra.

Ainda na nossa Curitiba, Gui Barthel, aqui em foto de Guilherme Puppo, criou o site Baixaki líder na área de downloads, em sociedade com a então namorada, hoje sua mulher Tânia. Na foto, os dois executivos de sucesso sorriem num belvedere de Roma.

O seu grupo NZN, hoje conta com 6 portais e 44 milhões de usuários únicos, a metade da população brasileira com aceso à internet. O site Baixaki – que já soma 34 milhões de usuários únicos – tem resenhas de mais de 60 mil programas, a maioria gratuitos.

Antes restrita a um minúsculo escritório de 17 m2, a NZN ocupa hoje andar inteiro de prédio no Batel, bairro nobre de Curitiba. Ambiente contemporâneo: patinetes, fliperamas, paredes coloridas e cem funcionários com idade média de 24 anos, em sua maioria redatores focados nos sites Baixaki, Tudo Gostoso, Tecmundo.

Já houve ofertas de compra por até R$ 40 milhões, mas o casal resiste. Desde 2001 no IG, recentemente mudaram para o Terra e tornaram seu novo portal o terceiro em audiência no Brasil.

Até 2016, temos como meta conquistar o posto de maior produtor de conteúdos da internet brasileira. No caminho, está concorrência feroz, inclusive Globo.com. Mas vamos enfrentar os caras, diz o determinado e ousado Gui Barthel.