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Temer estuda privatizar 10 aeroportos; Foz do Iguaçu e Curitiba estão na lista

aeroporto foz

O governo Michel Temer (PMDB) tem pronta uma lista de dez aeroportos que devem passar para as mãos da iniciativa privada. A venda só irá acontecer uma vez concluída a venda dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis, que se encontra a decorrer.

Da relação constam duas estruturas do Paraná – o Afonso Pena em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e o Aeroporto Internacional das Cataratas, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. Também constam da lista os aeroportos de Recife, Belém, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Manaus, Maceió e São Luís.

A intenção é realizar a venda por bloco e a compra de um aeroporto lucrativo acarreta a aquisição de uma infraestrutura deficitária, escreve O Globo.

O jornal cita o ministro dos Transportes brasileiro, Maurício Quintella, que explica que os estudos realizados pelo governo demonstram que a concessão por blocos tem maior viabilidade.

“Esse é o caminho, mas não é o único, porque estamos buscando uma solução para a Infraero, que vai continuar existindo por uma questão estratégica, mas tem que voltar a ter lucro. Pode ser adotado um modelo híbrido”, afirmou.

O plano que está a ser traçado prevê ainda que a Infraero, gestora brasileira de aeroportos, seja transformada numa holding, que passará a controlar uma subsidiária de capital aberto em que ficarão alocados os primeiros ativos estatais: os aeroportos de Santo Dumont, no Rio de janeiro, e de Congonhas, em São Paulo. A rede estatal deverá ainda manter todos os aeroportos de médio porte, enquanto um gripo de 37 infraestruturas de menor dimensão deverá passara para o poder local e daí vendidos aos privados.

A venda dos aeroportos brasileiros a privados integra-se no plano de recuperação da Infraero e prevê que a empresa, que teve no ano passado prejuízos de 3 mil milhões de reais (803 milhões de euros), regresse aos lucros no próximo ano. Em causa está ainda um plano de rescisões voluntárias de trabalhadores, prevendo-se que a Infraero passe dos atuais 11,4 mil para 7 000 trabalhadores.