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Jorge Samek será ou não, candidato em Foz do Iguaçu?

Por Rogério Bonato/Gazeta do Iguaçu

E a pergunta continua sendo: Samek será ou não, candidato em Foz? Impressionante, só no último final de semana não houve uma única mesa de boteco, fila em supermercado, caixa eletrônico ou qualquer outro local, onde o assunto não surgisse e virasse em discussão.

Da maneira como a situação vai se moldando, eu creio que Jorge Samek continue na Binacional e o que não falta por lá é trabalho. Mas a gente faz um esforço danado para saber o que se passa na cabeça de uma presidente Dilma, por exemplo, que já comandou a área de Minas e Energia e deve possuir idéias muito próprias para cada uma das complexidades no setor.

Eu tenho as minhas fontes lá em Brasília e elas são de certa forma muito inteiradas; são pessoas que não estão sobre a influência da cidade, portanto, arriscam a dizer aquilo que sabem ou, que de alguma maneira ouviram falar.

Claro, eu não vou revelar as fontes, pelo contrário, sempre as preservarei, mas sábado pela manhã, ouvi um relato no mínimo diferente dos demais: Dilma teria falado com alguém sobre as eleições em Foz, mas longe de Samek.

A preocupação dela também é a escolha de alguém para chefiar o lado brasileiro da Binacional. Neste caso, a novidade, é que se fosse necessário nomear um substituto para Samek, não seria alguém do Paraná.

Minha fonte não ouviu isso da presidente, mas o nome do embaixador Marcos Aurélio Garcia estaria nos planos do PT, para um posto importante na região de fronteira, que zelasse pela política energética e diminuísse os atritos com os paraguaios.

Segundo informado, ele, o embaixador, teria apreciado a idéia ou, acreditado nela. Aqui entre nós, quem não gostaria ou apreciaria a possibilidade de nomeação para um cargo tão importante e estratégico.

E Samek? Não falei com ele sobre o tema – não sou de incomodar autoridades em feriados como o da Páscoa –, mas faria algumas considerações para os queridos e, também interessados, leitores:

Fui a primeira pessoa a escrever sobre a possibilidade de Samek desejar, algum um dia, candidatar-se para a prefeitura. Isso se deu lá pelo início de sua gestão em Itaipu, após uma entrevista que ele concedeu ao O Pasquim 21, no Rio de Janeiro, onde fui um dos entrevistadores. Fiz parte do grupo que entrevistou (em épocas diferentes) Roberto Requião, Rafael Greca de Macedo e Samek.

Não seria um ato de muita imaginação, entender que alguém sonharia em ser prefeito da sua cidade? Qualquer político pensa assim.
Na minha forma de pensar e de entender a vocação política, o caminho para Samek continuar sua trajetória, seria tentar primeiro a prefeitura de Foz.

Poderia até esperar 2014 e candidatar-se para uma vaga no Congresso, mas na administração de um município, o “aproach” é maior, e, sabendo trabalhar em cidade de tamanha exposição, alguém como Samek, nadaria de braçada. Se analisar-mos por este ângulo, Samek poderá ser candidato, sim.

Mas ainda esperaremos uns dias. A encrenca no PT está monopolizando a atenção do meio político e pode ser que isso faça parte da estratégia.

No sentido oposto, fiquei sabendo e também de fonte muito segura, que Valdir Rossoni visitará Foz do Iguaçu em breve e anunciará o apoio de Beto Richa a Reni Pereira. E é assim que o caldo político começa a engrossar, ou, a ferver; de um jeito que possa ser servido. O tempo vai apertando os prazos e os proponentes colocando a cabeça de fora.

Nos próximos dias teremos um esboço sobre prováveis candidaturas e é importante que a população discuta, afinal é assim que escolheremos as nossas lideranças, pessoas para quem passaremos uma espécie de “procuração”. O voto é uma procuração e das mais poderosas.