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Rossoni rebate Requião: “Quem afastou seu irmão do Tribunal de Contas foi o STF”

Valdir Rossoni, secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Paraná. Curitiba, 19/04/2016. Foto: Orlando Kissner/ANPr

O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, rebateu neste domingo (23), durante transmissão ao vivo pelo facebook, as acusações do senador Roberto Requião de que ele e o governador Beto Richa seriam os responsáveis pelo afastamento, em 2009, do seu irmão, Maurício Requião, do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná.  “O senhor falta com a verdade. Não fomos nós que tiramos seu irmão. Foi uma decisão do Supremo Tribunal Federal por um motivo: era nepotismo!”, disse. 
Rossoni se referiu às decisões do STF de 4 de março de 2009 que determinou que Maurício Requião fosse retirado do cargo do Tribunal de Contas do Paraná e de 4 de julho de 2011 que manteve a escolha do conselheiro Ivan Bonilha que assumiu a vaga. E em outubro de 2015 o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve o afastamento de Maurício Requião de Mello e Silva do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).
Rossoni explicou que, após a decisão do STF, o cargo ficou vago e cabia a ele, como presidente a Assembleia Legislativa na época, marcar nova eleição. “Como governador na época, você deveria dar o exemplo e não querer seu irmão como conselheiro do Tribunal de Contas. A decisão do STF é clara: você usou a força política do cargo para beneficiar o irmão”, afirmou o chefe da Casa Civil.
Laranja – Valdir Rossoni também rebateu a acusação de que a suposta interferência teria ocorrido porque o irmão do senador “é uma pessoa séria” e iria investigar corrupção na atual administração.
Rossoni citou o caso da compra de 22 mil tvs laranjas durante a gestão de Maurício Requião como secretário Estadual da Educação. Cada aparelho custou ao Estado perto de mil reais no atacado. Na época, Rossoni comprou um aparelho igual no comércio por R$ 739,00.

“Fiz isso para mostrar que havia superfaturamento. Até hoje não houve explicação do senador para isso”, explicou.
Rossoni também lembrou os escândalos nos Porto de Paranaguá e Antonina durante a administração de Eduardo Requião, também irmão do senador. “Tiramos o porto das páginas policiais e colocamos como destaque nos cadernos de economia de todo país”, finalizou.