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Reni Pereira restabelece a ordem no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu

hospital municipal foz

O prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, está muito próximo de acabar com mais uma “herança maldita” deixada pela antiga administração municipal. Mesmo sob a forte pressão de representantes do governo anterior, que tentam desestabilizar sua gestão. Reni mantém o controle da situação e adotou medidas austeras para reorganizar a Prefeitura e restabelecer, a partir das 15h desta sexta-feira (5), o atendimento pleno do Hospital Padre Germano Lauck.

“Precisamos agir com celeridade e rigor para garantir o atendimento do Hospital Municipal. A instabilidade jurídica e trabalhista que recebemos, motivaram esta onda de terror criada por pessoas que foram apeadas do poder”, afirmou Reni. No início da semana, o prefeito precisou decretar “estado de emergência” para manter o funcionamento da unidade e não deixar a população sem os atendimentos de urgência e emergência, desviados para outros hospitais.

O imbróglio envolvendo o Hospital Municipal teve início em 2010, quando o Ministério Público determinou ao ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, que mudasse a gestão da estrutura, suspendendo o contrato firmado com a Organização Social Pró-Saúde. A determinação judicial foi ignorada e o município manteve o contrato ao custo de R$ 3,7 milhões por mês – aproximadamente R$ 44 milhões ao ano.

Arapucas
Ao término do mandato, em 31 de dezembro de 2012, o ex-prefeito deixou um legado ao sucessor que dificilmente será esquecido pela cidade. Além da imoralidade dos exorbitantes salários pagos a alguns médicos em detrimento de outros, a terceirização de serviços que acarretou em pesadas multas ao erário. As multas aplicadas este ano foram perdoadas, mas as da administração anterior devem ser cobradas a qualquer momento.

No entanto, os maiores prejudicados pelas irresponsabilidades do ex-prefeito são os iguaçuenses. Nos últimos dias, por força de determinação do MP, Reni adotou uma postura austera para diminuir o impacto das atitudes impensadas de Mac Donald. Com o rompimento do contrato, o prefeito precisou interceder diretamente na negociação entre os profissionais contratados pela OS e a instituição.

Os médicos se negavam a trabalhar sem que a ‘Pró-Saúde’ efetuasse o pagamento dos soldos. Os atendimentos emergenciais chegaram a ser transferidos para os hospitais Cataratas e Costa Cavalcanti. Os serviços serão restabelecidos no Hospital Municipal no início da tarde desta sexta-feira (5), anunciou Reni.

A nova gestora do hospital está providenciando a contratação de mais médicos, uma vez que alguns não deverão voltar a atuar na unidade. Todas as ações estão voltadas para evitar maior sofrimento a população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS).

Rastro de desmandos
Na contramão dos interesses da população, integrantes e aliados da antiga administração municipal adotaram a tática do “quanto pior, melhor”, para desgastar a gestão Reni Pereira e espalhar terror com uma notícia false de fechamento do hospital. O problema é que estes protestos deveriam ser iniciados há alguns anos quando Paulo Mac Donald, movido por vaidade, decidiu construir um hospital e custear suas despesas com recurso público municipal.

Mac Donald não aceitou uma proposta do então governador Roberto Requião, e decidiu pelo fechamento da Santa Casa. Muitos apostaram que a medida representava falta de compromisso com os iguaçuenses. E não erraram. Junto com a Santa Casa foram abandonados os antigos funcionários, que até hoje lutam para receber seus direitos trabalhistas.

O Hospital Municipal, sem estar totalmente concluído, foi entregue à Fundação Randas Vilela Batista. A gestão culminou em troca de acusações entre o prefeito e o médico, e em vídeos comprometedores que ainda hoje circulam na internet.

Alerta ignorado
Apesar do prejuízo que Randas causou ao município, o desfecho da ‘parceria’ serviria para alertar o prefeito da inviabilidade da manutenção do hospital. Mas novamente, a sua vaidade não permitiu ver o óbvio.

Rompido o contrato entre a Fundação de Randas e o HM, numa sequência de erros, o então prefeito decide contratar uma OS para gerir a instituição de Saúde. Além da imoralidade já conhecida, o contrato com a Prefeitura esbarrava na legalidade.

Seguindo na mesma linha, o ex-prefeito recusou mais uma vez a ajuda do Estado, não aceitando a proposta do ex-governador Requião de regionalizar a unidade. No final do mandato, Mac Donald demonstrou, definitivamente, o seu descaso com a coisa pública e antes do ‘apagar das luzes’, fez um aditivo no contrato com a OS.

Aditivo vergonhoso
Até a assinatura do termo a Prefeitura repassava R$ 3,1 milhões ao mês. A partir de janeiro de 2013, este montante subiu para R$ 3,7 milhões. O hospital sob a gestão da Pró-Saúde era uma bomba relógio que explodiu agora no colo do atual prefeito. Ou Reni obedecia à determinação judicial, ou teria que fechar as portas da estrutura.

Mesmo diante de todos esses fatos, amplamente anunciados nos veículos de comunicação, redes sociais alimentadas por pessoas que ainda estão sob a sujeição do ex-prefeito, insistem em atribuir o problema a atual administração. Mas o rastro de desmandos deixado por Mac Donald não está conseguindo sustentar o factoide criado em cima da saúde pública de Foz.