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Planos de saúde podem ter aumento de até 25% este ano, calcula FGV

o reajuste dos planos de saúde, que começa a ser cobrado já a partir deste mês e pode ficar entre 20% e 25%, segundo estimativas de técnicos da Fundação Getulio Vargas (FGV).


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu suspender todos os aumentos dos convênios previstos para setembro a dezembro de 2020. Motivo: a pandemia do novo coronavírus, que afetou a renda de muita gente. Todavia, ficou acertado que esse reajuste suspenso será pago em 12 parcelas ao longo de 2021, a partir de janeiro. Ou seja, em todos os meses do ano, a mensalidade ficará maior
Além desse reajuste retido, os planos individuais terão correção de 8,14%. Esse índice é válido para o período de maio de 2020 a abril de 2021, com a cobrança sendo iniciada a partir de janeiro de 2021, assim como a recomposição dos reajustes suspensos.

Para os planos individuais não regulamentados, a ANS definiu reajustes diferenciados, que serão repassados aos consumidores a partir de janeiro. Veja os aumentos por plano:
— Amil: 8,56%
— Bradesco: 9,26%
— Sulamérica: 9,26%
— Itauseg: 9,26%

Os consumidores devem ficar atentos pois há casos em que poderão coincidir a cobrança de percentual relativo à recomposição da mensalidade por mudança de faixa etária e o índice relativo à variação de custos. No caso da variação por mudança de faixa etária, existem 10 faixas e o período de suspensão varia entre um e quatro meses. No caso dos reajustes anuais por variação de custos, o período de suspensão pode variar de um mês, no caso dos contratos com aniversário em dezembro de 2020, a oito meses, no caso dos contratos individuais que tiveram aniversário em maio de 2020

Para esclarecer todas as dúvidas dos consumidores, os boletos deverão conter as seguintes informações:
» Valor da mensalidade
» Valor da parcela relativa à recomposição
» Informação de que parcela é (exemplo: parcela x/12)

Pelos cálculos da Fundação Getulio Vargas, os aumentos totais dos planos vão variar entre 20% e 25%. Mas não se surpreenda se os reajustes superarem esses índices, porque há liberdade para correção nos planos coletivos.

Mas não é só
Muitas contas devem ter aumentos nos próximos meses
» Mensalidades escolares: de 3% a 11%, segundo a Associação de Pais e Alunos.
» Materiais escolares: a estimativa é de alta média de 5%, mas é importante lembrar que, como não houve aulas em quase todo o ano passado, muita coisa será aproveitada em 2021.
» IPTU: o reajuste do imposto sobre propriedades no Distrito de 2,94%.
» IPVA: o contribuinte deve consultar o valor do veículo previsto na tabela Fipe de 2020. No ano passado, a alíquota para veículos de quatro rodas foi de 3% sobre o preço do automóvel. Já para motocicletas, ciclomotores, motonetas, quadriciclos e triciclos, o índice ficou em 2%.

Controle das contas
Veja as dicas para manter as finanças equilibradas
» Recorra a planilhas e aplicativos para controlar os gastos: anote tudo, pois, no fim do mês, é possível saber o que foi despesa supérflua e eliminá-la.
» Tenha o hábito de guardar dinheiro para emergências: poupar sempre é importante. As sobras de caixa evitam recorrer a empréstimos bancários, que são caríssimos.
» Negocie as dívidas com os credores: caso os débitos estejam saindo do controle e não caibam mais no orçamento, tente reduzir os juros e estender os prazos de pagamento, para que as prestações fiquem menores.
» Entenda o orçamento familiar: é muito importante saber de onde vem a renda da família e como o dinheiro está sendo gasto. Esse choque de realidade ajuda na busca do equilíbrio orçamentário.
» Tenha consciência financeira e evite desperdícios: esse não é o momento para sair comprando tudo e ficar se endividando. O país está em crise e o desemprego, altíssimo. Todo cuidado é pouco.
» Planeje gastos e estabeleça metas: pode parecer maçante, mas quando se tem planejamento e metas, sempre sobra dinheiro no fim do mês para investir. Com dinheiro, não se brinca.

Fontes: Correio Braziliense