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MST se compromete a liberar estradas do Paraná a partir das 14h

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Após negociação com o Governo do Estado, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se comprometeu a liberar os bloqueios nas rodovias paranaenses a partir das 14h desta sexta-feira (20). Serão liberados os bloqueios no quilômetro 468 da BR-277, em Nova Laranjeiras (Centro-Sul); na PR-445, entre Tamarana e Londrina (Norte); e no quilômetro 218 da PR-272, em Faxinal (Vale do Ivaí).

Integrantes do MST interditaram pelo menos cinco trechos de estradas na quarta-feira (18), dois dos quais já haviam sido liberados na noite de ontem – em Arapongas (Norte), no pedágio da BR-369, e na BR-376, em Mandaguari (Norte).

O governador Beto Richa receberá no Palácio Iguaçu, na próxima quarta-feira (25), representantes do movimento para tratar das reivindicações dos sem-terra e do posicionamento do Estado diante dessas demandas. Em entrevista em Cascavel nesta sexta-feira, Richa afirmou que o Estado sempre buscou o diálogo com os movimentos sociais, em especial com o MST, para evitar maiores conflitos.

“Nós mantivemos a paz no campo nos últimos quatro anos. Não tivemos conflitos, apenas pequenas ocupações que foram desocupadas pacificamente”, disse Richa. “Ao meu ver, é obrigação do governador procurar a conciliação e o bom termo em alguns conflitos para que sempre prevaleça o bom senso”, reiterou.

O assessor especial de Assuntos Fundiários, Hamilton Serighelli, explicou que o governo estadual vem cumprindo, nos últimos cinco anos, a uma série de demandas que envolvem o movimento sem terra. “São diversas ações nas áreas da saúde, educação, cultura, esporte e na produção agrária. Muitas coisas foram feitas nos últimos cinco anos e sempre dialogamos com o movimento para buscar soluções pacíficas”, declarou.

Serighelli cita ações como a construção de escolas e postos de saúde, o fortalecimento dos municípios onde existem acampamentos do MST, o apoio ao Festival de Cultura e aos Jogos da Reforma Agrária e a construção de cinco cooperativas para agroindustrialização da produção dos assentamentos.

Foto: MST