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ITAIPULÂNDIA RECEBE US$ 800 MIL MENSAIS DE ROYALTIES DE ITAIPU

Considerada até há pouco tempo como um oasis no extremo Oeste, a cidade de Itaipulândia (foto), vai completar 16 anos de emancipação político-administrativa no dia 10 de novembro. A cidade tem nove mil habitantes e recebe US$ 800 mil mensais de royalties da Usina Itaipu porque parte considerável do seu território foi tomado pelas águas do reservatório da usina.

O jornalista Marcos Sá Correia esteve lá, pela revista Piaui, e escreveu o seguinte: a prefeitura enxugou a administração pública desde que, há três anos, o Tribunal de Contas do estado proibiu que os recursos dos royalties deságuem nas folhas de pessoal. Ainda assim, emprega 3 200 pessoas. Noventa e sete efetivos e contratados por concurso. Tributo municipal não é o forte de Itaipulândia. Ela está em quadragésimo lugar em arrecadação própria, entre os cinqüenta municípios do Oeste paranaense. Quando Royer assumiu, andava pelo quadragésimo-quinto.

Com incentivos, cevou três pólos industriais. E a metade de sua arrecadação continua a vir da agricultura. A indústria entra no bolo com 2%. Vinte e cinco propriedades ocupam 45% das áreas agrícolas. Para os 408 proprietários que cultivam os outros 55%, os planos do prefeito incluem um abatedouro municipal, para 2 400 porcos por dia, um terreno reservado para produzir ovos férteis e incubação de pintos, outro para gerar leitões e, quem sabe, uma fábrica de sucos ou compotas. A um parque aquático, preferia usar a água do lago para irrigar as pequenas propriedades. Elas não têm fôlego para enfrentar as grandes plantações, produzindo grãos. E, dependendo das nuvens, não podem investir em gado de leite, suínos, hortigranjeiros e pomares.