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“É preciso dar oportunidade de emprego e de vida para pessoas em situação de rua”, diz Yared

O nítido aumento da população em situação de rua em Curitiba está no radar da candidata Christiane Yared (PL) de forma muito clara, “é preciso fazer diferente”. Para ela, não adianta apenas “recolher para oferecer banho, roupa limpa, alimento e devolver para a rua a pessoa da mesma maneira, pois isso não tem impacto na mudança de vida”.

“O que queremos é deixá-los por um período recebendo capacitação, fazê-los entender porque estão neste mundo, descobrir os talentos e dar uma oportunidade de emprego e de vida”, explica. Para isso, ela prevê lançar mão de um programa de educação e qualificação profissional para moradores em situação de rua e outro programa de apoio à moradia para a população de rua. “Eles serão abençoados com vários tipos de cursos de várias áreas para trazer oportunidades de vida, emprego e trabalho. Há grandes centros fazendo isso, tendo resultados muito positivos”, atesta.

O programa de capacitação usará recursos próprios, mas também pela articulação junto do Governo Federal para angariar o recurso do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e promover ações de qualificação profissional do Pronatec (Programa Nacional ao Ensino Técnico e Emprego). No caso do programa de apoio à habitação, a ideia é oferecer lugares de moradia temporária até que o indivíduo possa conquistar sua independência. Outra medida envolve a oferta de Residência Terapêutica, programa integrante da Política de Saúde Mental do Ministério da Saúde, que consiste em casas destinadas, dentre outras hipóteses, aos moradores de rua com transtornos mentais, inseridos em projetos terapêuticos especiais acompanhados nos CAPS.

Atenta à complexidade dessa questão, Christiane está ciente de que essa população é originada por diferentes fatores como pobreza, quebra de vínculos familiares e desfiliação social pela perda de trabalho ou saúde mental. Calcula-se que Curitiba tenha entre 5 a 7 mil pessoas vivendo na rua, tendo nelas o espaço de moradia e sustento. “É preciso ter um olhar muito bem embasado junto à FAS (Fundação de Ação Social) e inclusivo para cuidar e entender os diferentes perfis”.