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Copel e mais três companhias criam a Paraná Gás

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A Copel e as sócias Bayar Empreendimentos e Participações, Petra Energia e Tucumann Engenharia e Empreendimentos oficializaram ontem a criação da empresa Paraná Gás Exploração e Produção, uma sociedade de propósito específico que vai atuar nas atividades de exploração e produção de gás natural convencional em blocos da Bacia do Paraná, localizados na região Oeste do Estado. Cada uma das empresas tem 30% de participação, só a Tucumann possui 10%. As informações são da Folha de Londrina.

As empresas são vencedoras de quatro dos 14 blocos leiloados na 12ª Rodada da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em novembro de 2013, e vão investir R$ 80 milhões nos próximos quatro anos. Os investimentos incluem os quatro blocos, mas apenas dois têm contrato de concessão assinado com a ANP até agora. No ano passado foram leiloados 19 blocos na Bacia do Paraná, sendo 14 no próprio Estado e 5 no estado de São Paulo.

O diretor da Paraná E&P, José Marques Filho, disse que o objetivo da Copel é viabilizar fontes energéticas mais baratas como o gás natural apenas através da técnica convencional. Segundo ele, a Paraná Gás não vai utilizar o fracking (fraturamento hidráulico) que causou muita discussão no ano passado antes da licitação, pelos riscos que oferece ao meio ambiente. ‘’O gás convencional é mais em conta e mais amigável do ponto de vista ambiental’’, disse.

Segundo ele, o primeiro passo é fazer o licenciamento ambiental. As empresas têm quatro anos para fazer a prospecção a partir de novembro do ano passado. Depois da licença ambiental inicia a análise sísmica, a verificação das camadas da terra, a análise de chances de gás e, só depois, ocorre a perfuração. Ele acredita que a produção inicie, no mínimo, daqui a dois ou três anos.

‘’A chance de ter gás é maior que petróleo’’, disse Marques Filho. Ele destacou que são 11 mil km2 para serem explorados.

A prospecção começará a ser feita em dois blocos (lotes 300 e 309) da região de Pitanga e Pato Branco, cujos contratos de concessão foram formalizados em maio deste ano. A assinatura de contrato dos outros dois blocos (321 e 308 em Pato Branco), considerados de fronteira, deve acontecer ainda em 2014, de acordo com cronograma da ANP.

Os primeiros estudos já estão feitos em escritório, com base em dados de pesquisas históricas na bacia do Paraná. Após essa primeira análise e o início do diálogo com os públicos interessados, serão feitos novos levantamentos – por meio de reflexão de ondas sísmicas artificiais – para estimar as propriedades da área estudada.