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Caíto Quintana aponta discrepância em contas da Liderança do Governo

Líder do PMDB volta alertar Beto Richa que atitudes de Ademar Traiano ameaçam harmonia entre bancadas. “Não dá para segurar as pessoas aleatoriamente virem a Tribuna acusar como se o estado fosse ‘terra arrasada’”

As contas do Governo do Estado, reveladas após os primeiros cem 100 dias da atual gestão estadual pelo líder Ademar Traiano (PSDB), estão eivadas de discrepância. A afirmação é do líder do PMDB, deputado Caíto Quintana. No balanço, Traiano afirma que em apenas um dos débitos detectados pela equipe do Governo do Estado – dívidas trabalhistas –, o montante é superior a R$ 1,014 bilhão.

“Dívidas trabalhistas são ações a serem julgadas na Justiça e que deveriam se dizer de que período, porque elas não são do governo anterior”, disparou Caíto na Tribuna da Assembleia, na terça-feira (12). “Só para ficar no período da revolução para cá, depois que se elegeu governadores, acredito que existam dívidas trabalhistas do tempo do pai do atual governador, do (José) Richa, que estão em discussão na Justiça”, informou o líder do PMDB.

“Dívidas trabalhistas são direitos dos trabalhadores representarem contra a empresa ou contra o Estado. Não é um débito voluntário, como foi apresentado (por Traiano)”, informou. De acordo com Caíto, o Estado está discutindo isto na Justiça. “isto não é débito do e governo anterior, não é débito do atual governo, é débito do Estado. Portanto, retira-se isto desta somatória”, orientou o peemedebista.

CONTRASTE – No balanço apresentado pela equipe do Governo do Estado, foram apresentadas planilhas revelando que a atual gestão herdou débito superior a R$ 4,5 bilhões. No entanto, os números contrastam com os apresentados no início de março pelo secretário da Fazenda, Luiz Hauly.

Na ocasião Hauly, que integrou a equipe de transição, informou aos deputados durante audiência pública na Assembleia Legislativa, que o montante do débito herdado pelo governador Beto Richa (PSDB), era de pouco mais de R$ 1 bilhão.

Caíto voltou a destacar que a verborragia do líder do Governo ameaça colocar em conflito as bancadas na Assembleia. “Não dá para segurar as pessoas aleatoriamente virem a Tribuna acusar como se o estado fosse ‘terra arrasada’”, disparou.

PORTO DE PARANAGUÁ – O líder do PMDB citou ainda o caso do débito trabalhista do Porto de Paranaguá que ainda não foi julgado, mas entrou no bolo do débito informado por Traiano na Assembleia. “Conheço apenas alguns números que foram relacionados pela imprensa. Vamos discutir, e aquilo deputado Traiano, que foi errado do governo passado, que vossas excelências cobrem”.

“Se houve contratações irregulares no período eleitoral, cobrem. Se houve concorrência fraudulenta, cobrem. Vão a fundo para esta cobrança, porque o que queremos é que o poder público seja cada vez mais decente e a nossa bancada não está aqui para acobertar equívocos do governo passado, mas nem tão pouco para aceitar acusações”, completou Caíto.

POLÍTICAS PÚBLICAS – Em aparte, o deputado Anibelli Neto (PMDB) cobrou um posicionamento do atual governo a respeito das políticas das Apaes, dos colégios agrícolas, dos jogos colegiais, das bibliotecas cidadãs, das clínicas da mulher, do leite das crianças e do trator solidário.

“Estas são políticas públicas implantadas nos oito anos de governo do PMDB, que são referências em todo o território brasileiro”, informou Anibelli Neto. “Gostaria de saber se este governo pode ser melhor do que (Roberto) Requião e (Orlando) Pessuti e que o atual governador continue com estas conquistas”, concluiu.