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Beto Richa admite que pode prorrogar contratos de pedágio no Paraná

Por Roger Pereira, em O Estado do Paraná:

O governador Beto Richa (PSDB) admitiu, nesta terça-feira, que pode oferecer a prorrogação dos contratos de concessão, que vencem em 2023, como contrapartida na negociação com as concessionárias que administram as rodovias do Anel de Integração do Paraná para reduzir a tarifa do pedágio no estado.

O governo do Paraná e as concessionárias suspenderam por 180 dias as 140 ações judiciais que movem um contra o outro para tentar negociar a redução na tarifa.

“É uma hipótese sim. Não afasto essa possibilidade, porque milagre não existe. Ninguém vai abaixar tarifa e investir recursos vultosos na melhoria da infraestrutura dessas rodovias, sem uma contrapartida”.

“E acho que os usuários não se preocupam na duração desses contratos de concessão. Querem saber se o preço é acessível e se as rodovias estão em bom estado”, declarou, durante a solenidade de devolução do dinheiro economizado pela Assembleia Legislativa.

“Existe um entendimento com as concessionárias. Nosso objetivo é chamá-los para uma conversa e fazer com que prevaleça o interesse público, pois ninguém mais aguenta as tarifas que são praticadas hoje no Paraná, incompatíveis com a realidade econômica do Estado e pesando no bolso dos usuários das rodovias e, onerando muito o setor produtivo”, disse o governador, vislumbrando que, dentro desses 180 dias poderá haver o entendimento para a redução da tarifa.

“Iniciamos essa discussão, mas queremos mais. Indo além, nesse debate, pedindo a volta dos investimentos, principalmente na duplicação de algumas dessas rodovias. E dentro desse debate, vimos a possibilidade de suspensão dessas ações que tramitam hoje na Justiça”, explicou.

O governador destacou a boa vontade de ambos os lados na negociação, “quando, antes, o discurso era muito enérgico, na célebre frase do ‘baixa ou acaba’. Não aconteceu nem uma coisa nem outra e sequer os concessionários foram chamados para uma conversa. Hoje existe diálogo e somos intransigentes na defesa do interesse público, sempre dentro da legalidade”, concluiu.

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