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A Casa caiu

Coluna Esplanada

Senadores alvos da Lava Jato pediram e tiveram seus gabinetes e residências visitados pela Polícia Legislativa em varreduras contra grampos nos últimos meses.

Foram descobertos e desativados grampos em apartamentos funcionais de senadores Romero Jucá, Fernando Collor, Renan Calheiros, Edison Lobão, Gleisi Hoffmann — todos alvos da Lava Jato — pediram e tiveram seus gabinetes e residências visitados pela Polícia Legislativa em varreduras contra grampos nos últimos meses. Um agente revelou à Coluna que foram descobertos e desativados grampos em apartamentos funcionais de senadores, mas não sabiam que eram da Polícia Federal. A PF não confirma. Essas investigações, por lei, estão cercadas de sigilo. Mas em coletiva, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, deu a dica de que provas foram destruídas.

Respaldo

A DEPOL tem autorização das resoluções 59/2002 e 14/2015, do regimento do Senado, para varreduras — mas precisaria de autorização do STF porque senadores são alvos.

Causa própria

Curiosamente a autorização para trabalho antiespionagem foi garantida por resolução de 2015, quando a Lava Jato já batia à porta do Congresso.

A maleta

A DEPOL utiliza o sistema Oscor, comprado pelo Senado há poucos anos. É uma maleta high tech que detecta grampos e escutas ambientais. Foram apreendidas dez delas.

Caciques

Dois citados ontem nos bastidores são obcecados por varreduras. Fernando Collor pede à DEPOL varreduras semanais no gabinete e em sua casa. Quando senador, José Sarney também — e o ‘serviço’ continuou mesmo após o mandato se encerrar. O esquema de obstrução da investigação foi revelado por dois agentes que não quiseram se envolver.