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Jovens com dislexia precisam superar problemas para concluir a universidade

Um dos transtornos de aprendizagem, a dislexia, atinge cerca de 10% das crianças em idade escolar e provoca dificuldade em ler, escrever e soletrar, causando atrasos na alfabetização e baixo rendimento escolar. Na dislexia não existe uma cura a partir do uso de medicação e vacinas, segundo Paula Sakaguti, professora de pedagogia do Centro Universitário UNINTER, mas pode ser trabalhada com um plano de ensino adequado e flexibilização curricular, que ajuda os alunos a desenvolverem as próprias estratégias para lidarem com as dificuldades.

“Quando chegam à universidade, estes jovens disléxicos precisam de ajuda para superar os problemas e conseguir concluir mais esta etapa do aprendizado. Muitas vezes este aluno se sente incapaz e nem mesmo sabe que sofre deste distúrbio. Por isso, os professores têm papel fundamental no encaminhamento destes estudantes”, explica.

Paula lembra que há muitos disléxicos talentosos como Albert Einstein, Graham Bell, Tom Cruise, Agatha Christie, bem como Leonardo da Vinci e Walt Disney. “O disléxico não apresenta dificuldades na oralidade e compreende bem o que escuta. Mas o distúrbio compromete outras situações, como a decodificação e a interpretação de informações gráficas variadas. Por isso, o diagnóstico precoce, feito a partir de uma equipe multidisciplinar, é o que indica o melhor tratamento”, afirma.

E continua: “a identificação do transtorno permite que o disléxico aprenda como o seu cérebro funciona e desenvolva habilidades específicas para reestruturar a capacidade de ler e escrever”, finaliza.