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Kátia Abreu sofreu pressão da Bancada do Paraná para manter Daniel Gonçalves Filho

Katia AbreuA coluna Política em Debate, do Bem Paraná, informa que a ex-ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) teria sido pressionada por deputados federais do Paraná para manter no cargo de superintendente do ministério no Estado, Daniel Gonçalves Filho, preso na Operação Carne Fraca, acusado de comandar um esquema de fraude na fiscalização de frigoríficos.

Abreu – que foi ministra da área no governo Dilma Rousseff (PT) – disse, em discurso na tribuna do Senado, que o senador Roberto Requião (PMDB) abriu mão da indicação para o cargo em favor dos deputados federais do Paraná.

Segundo a ex-ministra explicou dois deputados do Estado teriam insistido na manutenção de Daniel Gonçalves mesmo depois de ele já responder processos administrativos por suspeitas de corrupção no cargo. “Mas esse cidadão que foi nomeado tinha processos administrativos no Ministério e eu nunca vi em todo o período que lá estive e nunca tive notícias de uma pressão tão forte para não tirar esse bandido de lá. E eu tenho que ser sincera porque são dois deputados do meu partido. Mas insistiram para que a lei não fosse cumprida ao ponto de eu ter que ligar para a presidente Dilma e dizer a ela da minha decisão de demitir”, disse ela.

“Mas foram dias de pressão no ministério buscando processo para defender esse marginal”, afirmou a peemedebista.

No discurso no plenário do Congresso Nacional, a ex-ministra não apontou diretamente os nomes dos deputados. Nas investigações da operação “Carne Fraca”, a Polícia Federal apontou que a indicação de Daniel Gonçalves seria responsabilidade da bancada federal do PMDB do Paraná, e que entre os que defenderam a nomeação dele estariam o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio e o deputado federal Sérgio Souza. Em nota, Serraglio afirmou no final de semana que a indicação seria de toda a bancada do PMDB no Estado. O mesmo alegou Souza à imprensa.