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Sartori assina decreto para cortar despesas em R$ 1 bilhão no RS e não descarta atrasar ou parcelar salários de servidores estaduais

Sartori assina decreto para cortar despesas em R$ 1 bilhão no RS e não descarta atrasar ou parcelar salários de servidores estaduais

Em meio à grave crise financeira por que passa o Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori (PMDB) assinou decreto que corta despesas de custeio da máquina pública. Atualmente, o Estado é o mais endividado do país: o déficit previsto para 2015 é de R$ 5,4 bilhões, o que equivale a três vezes a folha de pagamento do Estado – de 1,8 bilhão de reais mensais. A projeção é de que o saldo negativo aumente para R$ 6,2 bilhões em 2016, R$ 6,9 bilhões em 2017 e R$ 7,3 bilhões em 2018. Com o decreto, o governo espera reduzir os gastos em cerca de R$ 1 bilhão neste ano. As informações são do Estadão.

O documento, publicado Diário Oficial do Estado, prevê o corte de 20% no orçamento de todas as secretarias, fundações e autarquias. Além disso, determina que 35% dos cargos de confiança não poderão ser ocupados neste ano. As secretarias e demais órgãos que já tiverem ultrapassado o limite de preenchimento de vagas terão que dispensar colaboradores contratados. Ao anunciar os novos cortes, Sartori não descartou o risco de atraso ou parcelamento nos salários dos servidores já no mês de março.

Questionado por jornalistas sobre quando haveria uma definição sobre o tema, ele ressaltou que o governo está se esforçando para evitar prejuízos à população. “Vamos fazer o possível para preservar os salários dos servidores, o atendimento dos hospitais, o suporte da segurança e o custeio das escolas”, disse. “Mas o fluxo de caixa é no dia a dia.”

Sartori também lembrou que vem enfrentado a crise financeira desde que assumiu o cargo, no início de janeiro, quando assinou um primeiro decreto para economizar cerca de 700 milhões de reais em 2015 – na ocasião, cortou gastos com viagens, diárias e horas extras, e congelou os pagamentos de débitos deixado pelo antecessor, Tarso Genro (PT), por seis meses. “A crise vai levar muito tempo para ser resolvida. Mas nós não temos nenhum receio de organizar e liderar esse processo, fazendo nossa parte com seriedade e responsabilidade”, disse.