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Reformas vêm no lugar da “matemágica”, diz Edson Lau

edson-lau-filhoO secretário-geral do PSDB de Curitiba, Edson Lau Filho, disse nesta sexta-feira, 28, que as reformas trabalhista e previdenciária vem no lugar da “matemágica” das corporações contrárias às mudanças. Lau Filho também criticou as greves e as classificou como “uma mostra do atraso”. “O populismo e o estatismo dos últimos 13 anos deixaram uma conta muito cara, as reformas são necessárias e precisamos superar velhos discursos e práticas que não se aplicam mais ao dinamismo contemporâneo. O Brasil tem que deixar de ser a vanguarda do atraso”, disse Lau Filho em entrevista ao jornal Nexo de São Paulo. 

“Ficaria muito feliz se as corporações que estão puxando os protestos contra as reformas, revelassem alguma forma de resolver o problema da previdência e do desemprego, mas sem “matemágica”, completou Lau Filho. “A reforma trabalhista tem que desengessar a negociação entre empregado e empregador, além de diminuir a tributação na geração de emprego e renda”.

Leia a seguir a íntegra da entrevista
Por que fazer greve? Ou porque não fazer?
A greve é um direito constitucional. Sobre a greve convocada para o dia 28 de abril, notadamente temos mais uma mostra do atraso que o corporativismo, baseado em pressupostos facistas, representa para o Brasil. O populismo e o estatismo dos últimos treze anos deixaram uma conta muito cara para o país, as reformas são necessárias e precisamos superar em nosso país velhos discursos e práticas que não se aplicam mais ao dinamismo contemporâneo. O Brasil tem que deixar de ser a vanguarda do atraso.

É a favor do ‘Fora, Temer’, ou acredita que o presidente deve terminar o mandato?
Como defensor do parlamentarismo, acredito que o sistema presidencialista não é a melhor alternativa, contudo, dentro das atuais regras do jogo, penso que o Presidente Temer deve continuar fazendo seu trabalho enquanto não houver nada que legalmente o desabone.

Há alternativa às reformas trabalhista e da previdência para lidar com a crise?
Ficaria muito feliz se as corporações que estão puxando os protestos contra as reformas, revelassem alguma forma de resolver o problema da previdência e do desemprego, mas sem “matemágica”. A matemática verdadeira nos mostra um quadro muito mais perturbador, na comparação com o Japão, por exemplo que assim como o Brasil gasta cerca de 13% do seu PIB com previdência, lá há uma relação de que há 100 pessoas economicamente ativas para 48 na faixa de aposentadoria, no Brasil a cada 100 pessoas temos apenas 13, e se mantivermos esse ritmo até 2060 nossa carga tributária teria que extrapolar 40% do PIB, apenas para pagar a previdência.

A reforma trabalhista tem que desengessar a negociação entre empregado e empregador, além de diminuir a tributação na geração de emprego e renda. As corporações são contra justamente porque o governo vai mexer em sua mina de ouro: inúmeras contribuições que saem compulsoriamente do bolso do trabalhador para os cofres dos sindicatos. Todo mundo fala em mudança, mas na hora do “vamos ver” ninguém aceita de fato mudar. O Brasil passa por uma séria crise, talvez a maior da sua história, por uma série de ingerências, mas as reformas favorecem os mais de 12 milhões de brasileiros que não podem ao menos se denominar “trabalhadores”.