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Vou fazer compra de votos”, aponta mensagem de whatsapp trocada em Pato Branco

Mais um grupo de sete mensagens trocadas pelo whatsapp e listadas na denúncia protocolada ainda na semana passada no Ministério Público do Paraná aponta para compra de pesquisa eleitoral, proposta de troca de doações por cargos na prefeitura e pelo menos intenção de compra de votos na disputa da eleição para prefeito de Pato Branco neste domingo, 6. As mensagens, supostamente, envolvem a campanha de reeleição de Robson Cantu (PSD).

“Nossa Robi/Eu fiquei sabendo da pesquisa/Que merda/O que vão fazer?”, pergunta uma pessoa identificada como Carla Colla no print de uma mensagem do aplicativo. “Eu to pensando em compra de voto/Vai ser o jeito/Eu preciso vencer esse filho da puta/Eu tenho certeza que ele tá manipulando pesquisa/E se ele pode jogar baixo eu farei ainda pior”, diz o interlocutor não identificado, mas que pelo teor da conversa pode indicar quem seja.

“Vou precisar de mais grana”
“É arriscado/Mas sinceramente acho que todo político faz isso”, prossegue Carla. “Sim, vou atrás disso/Só vou precisar de mais grana”, diz o interlocutor. “Posso arrumar pra vc”, diz Carla Colla.

“Ainda estou atrás”
Em outro print, uma pessoa identificada como Ângela Padoan escreve: “Acho que não tem com o que se preocupar/Foi muito bem no debate”. O nterlocutor devolve: “Ainda estou atrás/Vou fazer compra de votos/E foda-se”. Ao que Padoan responde: “Se for para esse lado/Sabe que pode dar muito errado”. A mensagem prossegue: “Não vai/Faremos bem discretamente/Vou separar um valor pra isso”. “Toma cuidado Robi”, alerta Padoan.

Com uma pessoa identificada como Fernando Florentin, eis a troca de mensagens: “Esse assunto precisamos conversar pessoalmente/Precisamos de sigilo”, afirma o interlocutor não identificado. “Sim/Eu sei/Mas é que é urgente/Você vai liberar?/Até eu consiga apoio”, escreve Florentin. “Sim, eu faço/Mas não vou na prefeitura hoje”, rebate o interlocutor. “Tudo bem/Só pra eu falar aqui pra eles/Que temos seu ok”, observa Florentin. “Blz”, diz o interlocutor.

‘E a pesquisa que compramos’
Com Carlos Assessor, identificado dessa forma na print, a conversa gira em torno de pesquisa eleitoral. “E quanto a pesquisa que compramos?”, pergunta o interlocutor e Carlos responde: “É pra sair amanhã/Vamos postar amanhã/Mas é para estar entre 35% e 40%”. “É o jeito/Vamos causar efeito manada”, diz o interlocutor. Carlos: “Vai ajudar/Os indecisos vão no que está ganhando”. Interlocutor: “Sim/Divulga muito”. Carlos: “Vou passar para o Marketing assim que sair”.

A conversa identificada como Edson Albani, a conversa se desenvolve assim: “Com meu aliado/O Jorge/Ele disse que tá disposto/Se quiser podemos arrumar uma grana/Pra ajudar aí/Na campanha/Claro que depois aí vai negociar algo/Mas coisa básica”. O interlocutor responde: “Boa/Isso cara aí que to precisando/ Aliados/ Vamos marcar no fim de semana/Que eu mexo os pauzinhos para ele na pref”.

“Quanto maior valor, maior o cargo”
“Quanto precisa?”, pergunta Albani.”Cara/Isso vai depender de quanto ele está disposto a investir/de 20 pra cima entende/mas é com ele/Claro que quanto maior o valor maior o cargo”. “Vou ver quanto ele tem/Amanhã te retorno”, escreve Albani. “Não demora/Já conversamos no sábado mesmo/Se tiver disposto”, afirma o interlocutor. Ao que Albani responde com um “joinha”.