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Twitter: Glenn Greenwald diz que promotores da Lava Jato sabiam das transgressões de Moro

 

Editor e cofundador do jornal The Intercept, Glenn Greenwald prometeu que publicaria até o fim da sexta-feira (28 de junho) mais uma reportagem da série ‘Vaza Jato’, que tem divulgado conversas privadas que teriam sido mantidas por membros da Força-Tarefa da Operação Lava-Jato e o então juiz da causa, Sergio Fernando Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro. Até aqui, início da madrugada de sábado (29), a promessa não foi cumprida. Mas tudo indica que em breve será. Informações do Bem Paraná.

Em seu perfil oficial no Twitter, Greenwald divulgou o título e a gravata (uma espécie de subtítulo) do próximo capítulo da série de reportagens: “‘Moro viola sempre o sistema acusatório’: Chats da Lava Jato revelam que procuradores reclamavam de violações éticas de Moro e temiam que operação perdesse toda credibilidade com sua ida para governo Bolsonaro.”

Vencedor do prêmio Pullitzer pela cobertura do caso Snowden (que revelou que os Estados Unidos espionavam líderes políticos de todo o mundo, inclusive Dilma Rousseff, então presidente do Brasil), o jornalista americano escreveu ainda: “Chegando ja ja: uma prévia! Até mesmo os promotores de Lava Jato sabiam e reclamavam abertamente sobre as contínuas transgressões éticas de Moro e a conduta politizada e corrupta como juiz.”

O trecho da conversa divulgado por Greenwald mostra dois supostos membros do Ministério Público Federal conversando num grupo. Um deles diz não confiar no então juiz federal. “Em breve vamos receber cota de delegado mandando acrescentar fatos à denúncia. E, se não cumprirmos, o próprio juiz resolve. Rs.”

Em seguida, uma procuradora responde: “Moro é inquisitivo. Só manda para o MP quando quer corroborar suas ideias, decide sem pedido do MP (variassss vezes) e respeitosamente o MPF do PR sempre tolerou isso pelos ótimos resultados alcançados pela lava jato.”

O primeiro, então, reclama que o juiz veria o papel do Ministério Público como “mal constitucionalmente necessário”, uma duplicação da figura do juiz. Ao que a colega comenta que quando atuou no Ministério Público Federal do Paraná, em 2008, Moro já tinha essa fama e a mesma forma de proceder. Na sequência, afirma: “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados.”