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Mario Sergio Cortella é o mais novo Cidadão Benemérito do Paraná

O professor, escritor e filósofo Mario Sergio Cortella é o mais novo Cidadão Benemérito do Paraná, conforme título outorgado ao final da tarde desta segunda-feira (3), durante sessão solene realizada na Assembleia Legislativa do Paraná, nos termos da Lei estadual nº 19.415/2018. A homenagem atendeu a uma proposição da Comissão de Defesa dos Direitos da Juventude, presidida no Legislativo estadual pelo deputado Paulo Litro (PSDB).

Diversas e destacadas autoridades prestigiaram o evento, entre elas a secretária de Estado da Educação, Lúcia Aparecida Cortez Martin, representando a governadora Cida Borghetti (PP); o defensor público geral do Estado, Eduardo Pião Ortiz; os deputados Tiago Amaral (PSB), Evandro Araújo (PSC), Felipe Francischini (PSL) e Professor Lemos (PT), todos membros da Comissão de Defesa dos Direitos da Juventude, além dos deputados Hussein Bakri (PSD), presidente da Comissão de Educação, Dr. Batista (PMN), Elio Rusch (DEM), Claudio Palozi (PSC) e Luiz Claudio Romanelli (PSB).

Cortella falou sobre o orgulho de ser paranaense, das frequentes visitas que faz ao estado até para conhecê-lo mais profundamente, e disse que recebia a homenagem da Assembleia Legislativa como um afago, “muito honrado e obeso de alegria”: “Uma das coisas boas dos tempos atuais é ser considerado benemérito”, acrescentou, observando que nasceu em Londrina, morou algum tempo em Marialva e Maringá, voltou a Londrina e de lá saiu aos 13 anos.

Recordou que em boa parte de seus 38 livros publicados há algum tipo de referência ao estado natal, à sua terra e à sua cultura. No último livro, que marca os trinta anos de sua carreira como escritor, ele cita a professora Mercedes, que o alfabetizou no Colégio Hugo Simas.

Também afirmou que a reflexão filosófica é fundamental nestes tempos de tecnologia desenvolvida: “ Por incrível que possa parecer, a tecnologia fez com que o interesse pela matéria ficasse mais evidente. A filosofia indaga o mundo e ajuda a evitar que tenhamos uma vida robótica e alienada”.

Reconhecimento – Segundo o deputado Paulo Litro, a Comissão de Defesa dos Direitos da Juventude propôs a concessão do título por reconhecer a grande importância que o professor Cortella e a sua obra têm na atualidade, principalmente para a juventude. Segundo o parlamentar, a didática e a inteligência do mestre rompem com formas arcaicas de ensinar Filosofia, atraindo a atenção de todos que assistem a suas palestras, leem seus livros ou ouvem seus comentários sempre brilhantes, nos meios de comunicação”.

Aproveitando a afirmação do professor, de que procura fazer do ensino da filosofia uma coisa simples, “mas não simplória”, atribuiu à simplicidade e capacidade de aplicar essa ciência aos fatos do cotidiano a grande empatia que Cortella estabelece principalmente com os jovens.

O deputado Tiago Amaral, vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Juventude, também fez questão de saudar o homenageado, ressaltando que o trabalho do professor era motivo de grande orgulho para os seus conterrâneos. Seguiu-se também uma manifestação do deputado Professor Lemos, que realçou o trabalho do educador, sempre empenhado, com muita sabedoria, na defesa e na valorização da classe dos professores.

A secretária Lúcia Aparecida Cortez Martin falou igualmente de sua alegria em participar da homenagem ao ilustre pensador e educador, pela especial e singular capacidade que ele tem, segundo ela, de transformar leitores, alunos e ouvintes em pessoas melhores.

Pé vermelho – Mario Sergio Cortella nasceu em Londrina, em 5 de março de 1954. Chegou a viver em um convento da Ordem dos Carmelitas Descalços, entre 1973 e 1975, mas trocou vida monástica pela carreira acadêmica. Graduou-se em Filosofia e fez depois mestrado e doutorado em Educação, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O mestrado se deu sob orientação do professor Moacir Gadotti, enquanto o doutorado teve orientação de Paulo Freire.

Foi professor na PUC-SP, da Fundação Getúlio Vargas e da Fundação Dom Cabral e fez também uma incursão na vida pública como secretário de Educação de São Paulo, na gestão da prefeita petista Luiza Erundina, em 1991/92.

Entre seus maiores êxitos editoriais está O que a Vida me Ensinou, livro em que aborda a morte, a espiritualidade e a importância de se dar razão e sentido à vida. Antes disso, já havia escrito livros em parceria com os teólogos Frei Betto e Leonardo Boff. Outro parceiro foi o filósofo Renato Janine Ribeiro, no livro Política: Para Não Ser Idiota, e Yves de La Taille, no livro Labirintos da Moral. Diversos outros títulos compõem a vasta obra de Cortella, como provocações filosóficas que atingiram sempre sucesso de crítica e de público.

Por conta dos livros, de sua ativa participação em programas de comunicação e de suas cada vez mais concorridas palestras, Cortella virou uma celebridade bem-sucedida em seu esforço de popularizar e democratizar conceitos filosóficos complexos, frequentemente inacessíveis ou pouco acessíveis ao público leigo.

Direitos da Juventude – A Comissão de Defesa dos Direitos da Juventude também é constituída pelos deputados Tiago Amaral (PSB), Alexandre Guimarães (PSD), Evandro Araújo (PSC), Felipe Francischini (PSL), Pedro Lupion (DEM) e Professor Lemos (PT).