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Porto de Paranaguá, modelo para o País

Porto de Paranaguá, modelo para o País

Beto Richa

O Porto de Paranaguá completa 81 anos nesta quinta-feira, 17, com motivos consistentes para comemorar o aniversário. Nos últimos cinco anos, o terminal elevou sua produtividade em 30%, deu fim à fila de caminhões que se estendia pela BR-277 e reduziu o tempo de espera dos navios na baía de Paranaguá.

Esses avanços o consolidam como um dos maiores e mais importantes corredores de exportação da América Latina, de importância estratégica para o País.

A evolução do Porto tem origem em dois fatores: a mudança na gestão, agora guiada pela eficiência e pelos resultados, e o novo ciclo de industrialização paranaense, o maior já vivido na história do Estado, com atração de R$ 41,9 bilhões em investimentos – públicos e privados – e a presença da produção agropecuária, sempre maiúscula.

Além disso, o terminal sumiu do noticiário policial – que frequentou com triste assiduidade até 2010 – e deixou de fazer a alegria da concorrência, que antes se beneficiava de uma administração anárquica e ideologizada.

Os números fortalecem os argumentos.

Entre 2011 e 2015, a movimentação de cargas do Porto de Paranaguá ultrapassou a casa das 45 milhões de toneladas, um aumento significativo comparado ao período de 2005 a 2010, quando foram exportadas e importadas 33 milhões de toneladas.

Nos últimos anos, a melhoria de produtividade foi muito evidente. Foram registrados recordes na operação de quase todos os produtos movimentados pelo terminal portuário paranaense, apesar de a recessão econômica que abala o Brasil.

O setor agropecuário, independente de fatores climáticos às vezes adversos, apresenta resultados superlativos. Por ano, são exportadas 7,5 milhões de toneladas de soja, 5,2 milhões de toneladas de farelo de soja, 4,2 milhões de toneladas de milho e 4,4 milhões de toneladas de açúcar. Houve um crescimento de 116% nas exportações de carne bovina desde 2011, passando de 13,5 mil para 29,4 mil toneladas em 2015. O Estado é, ainda, o principal exportador de frango de corte e o terceiro de suínos no País.

A exportação de carnes congeladas pelo Porto de Paranaguá registrou um aumento de 14% em 2015; foram movimentadas 1,91 milhão de toneladas dos produtos. Atualmente, o terminal é o que tem a melhor recepção ferroviária para contêineres dos portos do Brasil.

A exportação de cargas gerais teve uma evolução de 7,43 milhões de toneladas em 2011 para 8,80 milhões de toneladas em 2015.

Esta eficiência resulta de investimentos essenciais feitos nos últimos cinco anos (R$ 511,9 milhões para melhorar a infraestrutura e a logística do Porto) e da demanda consequente da indústria e do campo. Para se ter uma ideia, em 2013, com produção agrícola em alta e os preços das commodities no pico, o Porto chegou a seu recorde histórico de movimentação, com 46,1 milhões de toneladas.

O principal porto da Paraná vive um processo de modernização e aumento de produtividade (melhoria tecnológica para recebimento de cargas, várias operações de dragagem, reformas no cais etc.) que não vai parar nos próximos anos. Investimentos de R$ 423 milhões estão sendo licitados, totalizando R$ 934,9 milhões para modernização dos terminais paranaenses neste governo.

Porém, de nada adiantariam esses investimentos não fossem o desempenho e a expertise de seu corpo técnico, com competência e honestidade, e, sobretudo, a dedicação dos 20 mil trabalhadores diretamente envolvidos com a atividade portuária em Paranaguá. Eles são, verdadeiramente, o diferencial, motivo de orgulho para todos os paranaenses.

Beto Richa é governador do Paraná

Política, economia, cultura e bom humor no blog do Paraná.