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Pesquisa qualitativa cresce no Paraná

Ferramenta de avaliação eleitoral pode representar diminuição substancial dos valores empregados em campanhas majoritárias

nello morlotiQuem já possui mandato ou quer entrar para a vida pública precisa antes de tudo ter em mente que não basta comparações com eleições anteriores. As novas regras propostas da lei que regula o pleito vão impactar na estratégia e, portanto, compreender essa “nova” relação com o eleitor é digamos – largar na frente. Esta é a avaliação de Nello Morlotti, especialista em marketing eleitoral.

A pesquisa qualitativa apresenta dados fundamentais para a elaboração de uma boa estratégia de campanha. “Por princípio, vamos imaginar que eleição é ‘vender’ a sua imagem e para tanto buscar alternativas na comunicação é sinal de inteligência”, diz.

Novas regras como proibição de exposição de imagem, pintura de muros e cavaletes dificultam a exposição dos candidatos. O conhecimento e dados estratégicos serão decisivos nessa campanha, afirma. “Quero destacar a importância do candidato majoritário conhecer seus limites, ações e rejeições através das pesquisas qualitativas, instrumentos excelentes e se bem elaboradas as sessões de trabalho podem antecipar uma série de elementos úteis ao interessado”.

“Na qualitativa se extrai os porquês das perguntas. Para ilustrar como é feita uma pesquisa qualitativa, veja esse exemplo: uma empresa que trabalha com produtos de limpeza precisa saber como está sua imagem no mercado perante a concorrência. Como não há nenhuma premissa sobre a imagem da empresa na opinião dos usuários, escolhe-se um público alvo e faz-se uma série de questões abertas. Neste exemplo, a empresa escolheria diversas pessoas para saber quais são as impressões delas em relação ao produto. Diferentemente do modelo de metodologia quantitativo, a pesquisa qualitativa busca se aprofundar nas questões e não em resultados estatísticos. Por isso, sua metodologia é mais complexa”, explica.

Para Morlotti, as pesquisas qualitativas representam a realidade das respostas que se busca para a elaboração do marketing de campanha. “Normalmente, quando as perguntas são mais abertas, as respostas também tendem a ser mais longas e difíceis de interpretar. Fazer questões que dão liberdade aos entrevistados ajuda a formar o cenário da pesquisa. Por isso, é primordial fazer este tipo de abordagem. O mundo empresarial já adotou há muitos anos essa forma de entender a cabeça dos consumidores. Na vida pública a ferramenta já é utilizada por alguns, e a partir deste ano está chegando em todos os lugares. Segundo dados dos principais institutos de pesquisa do Paraná, espera-se um acréscimo superior a 30% no volume de qualitativas realizadas nos municípios do estado. Atenção e ciência na política, chega de achismos, o mundo mudou e eleição deixou de ser caixa de surpresas !”, conclui Nello.

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