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Eleições podem gerar ‘dança das cadeiras’ na AL

As eleições municipais de outubro devem movimentar também os legislativos estaduais e o Congresso Nacional, aponta a jornalista Luciana Cristo, do jornal Folha de Londrina.

No caso do Paraná, informa a repórter, há deputados estaduais e federais que podem deixar o mandato para tentar ocupar uma cadeira de prefeito. Se decidirem fazer campanha nas cidades, os deputados não precisam se desligar do cargo que ocupam atualmente, conforme a legislação eleitoral, embora muitos acabem se licenciando espontaneamente para se dedicar à campanha.A Assembleia Legislativa (AL) do Paraná ainda não decidiu se deve implantar o chamado recesso branco, no período mais próximo da eleição, para que os candidatos se voltem exclusivamente para o pleito municipal, pois mesmo quem não está diretamente na disputa é requisitado para fazer campanhas e fornecer apoios. Na última eleição municipal (2008), a AL interrompeu os trabalhos por duas semanas.

Em Cascavel, quem tem intenções de se eleger prefeito são os deputados estaduais Leonaldo Paranhos (PSC) e Professor Lemos (PT), além do deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB). Ainda na região Oeste, o deputado estadual Reni Pereira é um dos pré-candidatos em Foz do Iguaçu.

Outra grande cidade do Estado que deve receber a atenção de três deputados estaduais é Maringá, onde são pré-candidatos Ênio Verri (PT), Dr. Batista (PMN) e Evandro Junior (PSDB). Outros três representantes do Legislativo estadual têm o desejo de disputar a prefeitura de Ponta Grossa, nos Campos Gerais: Marcelo Rangel (PPS); Plauto Miró (DEM) e Péricles de Mello (PT).

A perspectiva é que entre Rangel e Miró, apenas um dos dois saia efetivamente candidato, dependendo dos acordos da coligação, que faz parte da base do governo Beto Richa (PSDB). Da mesma forma, entre os deputados federais Luiz Carlos Setim (DEM) e Leopoldo Meyer (PSB), além do deputado estadual Francisco Buhrer (PSDB), apenas um deve disputar a eleição em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Por Londrina, o deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB) pode se colocar como um nome na disputa.

Muitos estão de olho na eleição de Curitiba, como os petistas Dr. Rosinha (deputado federal) e Tadeu Veneri (deputado estadual) que, contrários ao campo majoritário do partido (que defende uma aliança com o PDT de Gustavo Fruet já no primeiro turno), defendem a candidatura própria e colocam seus nomes à disposição da legenda.

Cobiçado por diferentes partidos, o deputado federal Ratinho Junior (PSC) garante que lança candidatura própria também na capital. Outra possibilidade para Curitiba, pelo PTB, é o deputado estadual Fabio Camargo.

Há ainda os possíveis candidatos a vice-prefeito, como os deputados estaduais Mauro Moraes (PSDB) e Osmar Bertoldi (DEM), já colocados à disposição do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), além de Ney Leprevost (PSD) e Stephanes Junior (PMDB).

A vaga é uma das mais disputadas entre os integrantes da coligação que em 2010 elegeu o governador Beto Richa (PSDB). Da turma da Câmara Federal, Fernando Francischini (PSDB) é outro nome bastante lembrado para ser vice de Ducci. Se a opção para vice for um nome técnico, como alguns tucanos defendem, Fernando Ghignone, presidente da Sanepar, é o preferido. Ghignone já anunciou, inclusive, sua licença da Sanepar para se dedicar à coordenação da campanha de Ducci.

Completam a lista de deputados estaduais que almejam se eleger prefeitos Cesar Silvestri Filho (PPS), por Guarapuava; Augustinho Zucchi (PDT) em Pato Branco; Toninho Wandscheer (PT), em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC); Gilberto Ribeiro (PSB), em Piraquara, também na RMC, e Waldyr Pugliesi (PMDB), por Arapongas, onde já foi prefeito em três mandatos anteriores.

Entre os secretários de Estado, o primeiro a anunciar sua saída para se dedicar à pré-candidatura foi o responsável pela pasta de Relações com a Comunidade, Wilson Quinteiro, que saiu no último dia 5 para se concentrar na disputa em Maringá.

Suplentes

Em caso de vitória dos deputados que serão pré-candidatos, alguns suplentes podem ser beneficiados. Por exemplo, na coligação que inclui Zucchi, Verri, Wandscheer, Pugliesi, Cheida e outros deputados do PT, os dois primeiros suplentes são Gilberto Martin (PMDB) e Luiz Carlos Martins (PDT).

Já na coligação que envolve Miró, Evandro Junior e Mauro Moraes, o próximo da fila é Antonio Carlos Belinati (PP), atualmente no cargo de diretor comercial da Sanepar e filho do ex-prefeito de Londrina Antonio Belinati (PP). Já Tercílio Turini (PPS), pré-candidato a prefeito de Londrina, pode ser o beneficiado se Silvestri Filho, Pereira ou Rangel forem eleitos prefeitos.

Com informações Folha de Londrina