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Maria Letícia alerta para cobrança irregular em sepultamentos na capital

A vereadora Maria Letícia (PV) alertou nesta segunda-feira (25) que a cobrança irregular do exame de tanatopraxia, procedimento para a conservação do corpo, continua sendo praticada em Curitiba. “As funerárias tem imposto o exame como se ele fosse obrigatório para todos os enterros e não são”, denuncia Maria Letícia.

“A tanatopraxia é um exame que não é necessário como rotina da inumação dos corpos e isso tem acontecido em Curitiba. É um abuso da ingenuidade das pessoas, na hora da dor são obrigadas a pagar, um valor altíssimo, e muitas famílias são carentes e não tem condição de pagar. Isso é um abuso um desrespeito isso é um crime”, destacou.

A tanatopraxia é uma medida de conservar o corpo por mais horas, dias ou meses, dependendo do caso. A indicação da tanatopraxia é feita para inumações à partir de 24 horas, para corpos que viajam por horas.

“Quando o enterro é feito dentro de um período de 24 horas, como é a grande maioria dos enterros, não é necessário fazer esse procedimento, que pode chegar a custar R$ 6 mil! E o que a gente vê na cidade de Curitiba, infelizmente, é que as algumas funerárias abusam disso exatamente porque as pessoas não tem essa informação”, adianta.

Lei Municipal

No final do ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei de Maria Letícia que determinou a obrigatoriedade do exame apenas quando houver o transporte a cidades com distância superior a 250 km; quando o cadáver for transladado por via aérea ou marítima e o tempo decorrido entre o óbito e a inumação ultrapassar 24 horas; ou por indicação do médico que assinou a declaração de óbito, diz a lei.

E ainda, as funerárias que prestarem orientações equivocadas sobre a realização da tanatopraxia serão multadas. O valor pode chegar a R$ 2 mil.

Médica legista, Maria Leticia reforça que a tanatopraxia é um serviço facultativo. “É um procedimento de preparação do corpo para que ele não entre em estado de putrefação tão rapidamente. Só se tiver indicação. Esse é o objetivo”, explicou.

“Mas o que temos assistido é o abuso que funerárias fazem, empurrando um serviço que não é necessário. Em alguns casos, apresentam um documento que diz que se não fizer a tanatopraxia será responsável pela contaminação do meio ambiente. Eles abusam da inocência das pessoas. O objetivo do projeto é isso: oferecer à população o conhecimento das indicações da tanatopraxia. O que vai certamente impactar positivamente no sentido de se evitar gastar um dinheiro que é precioso durante os enterros”, completa.

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