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Gustavo Fruet, um prefeito que constrange muitos curitibanos, diz Jota Agostinho

do Blog do Jota

O curitibano, para quem não o conhece de todo, parece um cidadão arredio e desconfiado. Pode até ser.

Mas, o tempo de convivência e conhecimento mostra que a impressão é passageira e que não existe vizinho e amigo melhor que o curitibano.

Solidário, amigo dos amigos, acolhedor, o curitibano reconhece, de longe, quem é sangue bom. Está em seu DNA.

E se tem algo que mais cause orgulho aos homens e mulheres deste pedaço de chão do nosso Brasil, é a sua cidade, Curitiba.

Ao falar dela, o peita infla, os olhos brilham, o coração palpita e os sentimentos de uma paixão irrefreável tomam conta dos aqui nascidos ou generosamente acolhidos.

Sou um piá curitibano, que na infância adorava um dolé da sorveteria dos Milek, soltava raia, jogava betes, bolinha de búrico, era o campeão de figurinha no bafo e colecionava papel das balas Zequinha.

Por isso, sei o quanto o curitibano ama sua cidade. Aqui nasci e daqui nunca saí. Nunca passou pela minha farta imaginação existir um lugar melhor para se viver.

Claro que Curitiba cresceu e os seus problemas também. Mas, tivemos muita sorte com os nossos prefeitos.

Nunca perfeitos, mas cada qual à sua maneira, com erros e acertos, contribuiu para que Curitiba se tornasse referência internacional.

Porém, desde o dia 1º de Janeiro deste ano, quando o prefeito escolhido pela maioria dos moradores desta cidade, Gustavo Fruet, assumiu a Prefeitura, percebe-se, nitidamente, um desconforto com suas atitudes e declarações.

Ouvindo o prefeito, tem-se a impressão que moramos num vilarejo distante. Que somos uns maltrapilhos !

Que vivemos numa localidade pobre, sem brilho, sem vitalidade, sem nada. É uma imagem assustadora. Em resumo, terra arrasada.

Só reclama e choraminga. Assusta-nos com uma dívida de 448 milhões de reais, que acusa ter sido deixada pendurada pelo seu antecessor.

Será que, por acaso, ele imaginava que o prefeito anterior iria deixar em caixa um bilhão de reais. Será?

Estamos falidos, então? Mas, como? O orçamento anual de Curitiba não é de 5 a 6 bilhões de reais ?

Ele mesmo, dia destes, solicitou suplementos de verbas para Câmara Municipal e seu pedido não foi atendido?

Claro que foi ! E se foi, é porque há dinheiro.

Estas filigranas contábeis, que herdamos dos descobridores portugueses, com diferentes nomes tais como, rubrica, empenho, carimbo e etc, etc, são inaceitáveis para quem se apresentou na campanha como “o inovador”.

O prefeito Gustavo Fruet não tem o direito de nos envergonhar perante o Brasil. Não estamos quebrados e, muito menos, pisando em terra arrasada.

Menos, alcaide, menos. Se existe algo errado nas contas anteriores, que se puna, se houver culpados.

Mas, não nos constranja, com tanta choradeira, eivada de retórica, teoria, palavreado acadêmico, audiências públicas inúteis e as tais comissões.

Chega de desculpas e respostas repetitivas, mecânicas e difusas.

Dê um basta na inércia, na paralisia que assola o início de sua gestão.

Cumpra as promessas, pois algumas delas nem de dinheiro se precisa para executá-las. E mesmo assim não são honradas.

Não deixe o poder anestesiar você e tantos de sua equipe.

O povo já exauriu sua paciência com políticos dissimulados, hipócritas, rançosos, fugidios e com nesgas de demagogia.

Enfim, use de criatividade e aproveite esta sua, muito comentada, fama de “chorão” e utilize-a a seu favor.

Como ? Simples. Utilize uma parte das Ruínas do São Francisco transformando-a em “A Mureta das Lamúrias”.

Com certeza, seria mais uma grande atração turística da Capital do Paraná.

Decrete que, tão somente naquele local, serão permitidos choros e lamentações.

Promulgue, também, que só lá haverá perdão para os que descumprem promessas.

Cobre ingresso e, quem sabe, a dívida de nossa cidade logo seja abatida.

Prefeito Gustavo Fruet, até hoje, 06 de Maio, já são 8.63 % de sua gestão.

O tempo urge.

E rugem os brios de tantos curitibanos.

Ao trabalho !

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