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Discriminação? Empresa aérea cobrará passagem baseada no peso do passageiro

O presidente da Samoa Air, que opera voos a partir da ilha que fica no Oceano Pacífico, anunciou que a empresa passará a estabelecer o preço das passagens aéreas de acordo com o peso dos passageiros.

Para viajar com a Samoa Air, segundo o site da BBC Brasil, os passageiros agora pagarão um preço fixo por quilograma, somando o peso de cada passageiro e de sua respectiva bagagem. O preço de cada quilo variará de acordo com a distância da viagem.

“Esse é o jeito mais justo de viajar”, afirmou o presidente, Chris Langton, durante uma entrevista à estação australiana ABC Radio.

A Samoa Air opera voos domésticos e também para a vizinha Samoa Americana (dependência dos Estados Unidos). O sistema de cobrança seria, ainda de acordo com Langton, similar ao já adotado por outras companhias aéreas.

“Companhias aéreas não se baseiam no número de assentos para voar. Elas na verdade se baseiam no peso. Particularmente no caso dos aviões pequenos, menor seria a variação que poderíamos aceitar em termos de diferença de peso entre os passageiros”, argumenta Langton.

Crianças
Para o presidente da companhia aérea, principalmente as famílias com mais filhos se beneficiam do novo sistema, já que crianças pagarão mais barato pelas passagens.

Ele ainda aponta o que seria um outro benefício do método de cobrança da Samoa Air.

“Não existem custos extras por excesso de bagagem ou qualquer outra coisa. Ou seja, tudo é considerado quilo e será sempre cobrado como quilo”, afirmou.

Os preços da Samoa Air variam de US$ 1 (cerca de R$ 2) a até US$ 4,16 (aproximadamente R$ 8,40) por quilo. Assim, uma pessoa pesando 70 kg, levando uma mala com 20 kg, pagaria entre US$ 90 e US$ 374,40, dependendo da distância da viagem.

Langton sugeriu ainda que a mudança estaria ajudando a promover cuidados com a saúde entre os habitantes de Samoa, que possui um dos maiores níveis de obesidade do mundo.

“As pessoas estão ficando muito mais conscientes de seu próprio peso. Esta é uma questão de saúde pública em algumas áreas”, afirmou Langton à ABC Radio.

Ele afirma que seu novo método de cobrança é “um conceito do futuro”.

“As pessoas são geralmente maiores e mais altas do que eram há 50 anos. A indústria aérea começará a ficar atenta para isso.”