Para quem conhece mais de perto o Gustavo Fruet, com certeza, ficou perplexo. Eu fiquei. Até porque lutei e lutarei sempre pela liberdade de expressão. Censura deveria passar longe do nosso País.
Mas ela segue rondando nossa vida. Estou me referindo à ação impetrada por Fruet contra a revista Panorama, que em sua capa colocou uma frase ofensiva que não se sustentou na matéria apresentada.
Gustavo solicitou que as revistas fossem apreendidas nas bancas. E conseguiu. O Juiz aceitou as razões apresentadas pelo candidato da aliança PDT/PT/PV.
Isso me assusta. Traz-me imagens de queima de livros e outras publicações na China de Mao e na Alemanha de Hitler. Posso estar até exagerando mas sei que existem mil mecanismos em nossas leis para lidar com este tipo de situação.
Mas apreensão de revistas em bancas mancha a biografia de Gustavo Fruet.
Direito de resposta e ação por danos morais seria um caminho mais republicano para ser trilhado por um democrata que tem na figura de seu falecido pai, Maurício Fruet, uma vida de exemplos lúcidos e nobres.
Com tristeza vejo um início cinzento de campanha. Não é este nível que o curitibano quer para fazer a sua escolha.
Lamentável.
(*) Jota Agostinho e jornalista e editor do Blog do Jota